A presidente da câmara de Lajeado, Ana da Apama (PP), confirmou a realização de audiência pública sobre o plano de concessão de rodovias proposto pelo governo estadual. Um edital de convocação foi publicado pelo Legislativo. O debate ocorre no dia 02 de junho a partir das 19h, no plenário. O objetivo é reunir prefeitos, representantes de associações e a comunidade para avaliar o novo modelo que inclui a implementação de arcos no sistema free-flow distribuídos pelas rodovias ERS-128, ERS-129, ERS-130 e RSC-453, que integram o Bloco 2.
Leia também:Concessão polariza debate sobre o futuro das rodovias
A agenda atende ao pedido feito por Ramatis de Oliveira (PL) e Mano Pereira (PL) em requerimento. Os dois vereadores são contrários ao que sugere o estado e defendem o fim da cobrança da tarifa para circulação de veículos. Além da audiência pública, tramita na casa um projeto que declara Lajeado contrário a cobrança em trechos de rodovias que ficam no município. A proposta é apresentada em conjunto com Jones Vavá (MDB), Marquinhos Schefer (MDB), Waldir Blau (MDB), Rosane Cardoso (PT), Antônio de Oliveira (Podemos), Lorival Silveira (PP).
De acordo com o secretário estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capellupi, até o final de maio devem ser apresentada uma nova proposta para concessão das rodovias. A expectativa é por uma redução na tarifa inicia de R$ 0,23 por quilômetro rodado. O governador Eduardo Leite admitiu a possibilidade de diminuição e revisão no cronograma de obras. Outra hipótese é um aporte maior de recursos do Funrigs (Fundo para reconstrução do Rio Grande do Sul), inicialmente projetado em R$ 1,3 bilhão.
Lembre: Vereadores pedem audiência publica sobre pedágios
“O único modelo pra mim aceitável é o governo fazer a obra usando o dinheiro dos impostos que já pagamos. A grande verdade é que o preço já foi colocado lá encima pra eles baixarem e o governo sair por cima”, disse Ramatis em vídeo publicado nas redes sociais.
O debate sobre a concessão de rodovias no Vale se estende há mais de dois anos e acarretou em divergências entre os prefeitos da região. Com isso, gestores da parte alta se desfiliaram da Amvat e criaram a Amat. Ocorreram ainda diversas audiências públicas e reuniões com o governo estadual. A CIC-VT, Codevat, Fórum das Entidades representam o setor empresarial na discussão.