O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta quinta-feira, 15, a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais em Montenegro, no Vale do Caí. Em circulação mundial desde 2006, a concentração ocorria principalmente na Ásia, África e no norte da Europa, mas até então não havia casos no setor avícola comercial brasileiro. Casos da doença já haviam sido registrados em pássaros silvestres, o primeiro em maio de 2023, na Estação Ecológica do Taim, entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.
As autoridades garantem que não há risco de transmissão pelo consumo de carne ou ovos, apenas entre os tratadores e profissionais que ambientam o local infectado. As medidas de contenção e erradicação do foco foram iniciadas pelo Mapa de acordo com o plano nacional de contingência. O desafio é erradicar a doença, manter a capacidade produtiva do setor e garantir o abastecimento e a manutenção dos mercados, tendo em vista o grande volume das exportações.
Reação da ABPA e Asgav
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) emitiram uma nota em relação à identificação do foco de H5N1. As entidades destacam a total transparência do Mapa e da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul em relação à identificação, comunicação e contenção da situação.
Ambas estão apoiando o Mapa e a Seapi no processo de contenção da situação. As entidades confiam na rapidez das tratativas que serão adotadas pelo Ministério e pela Secretaria em todos os níveis para solucionar qualquer efeito decorrente da situação no menor prazo possível. Todas as medidas necessárias para o contingenciamento da situação foram rapidamente adotadas e que a situação está sob controle e monitoramento dos órgãos governamentais.