Quanto mais pontes, melhor

Opinião

Mateus Souza

Mateus Souza

Jornalista. Coluna com foco nos bairros de Lajeado, seus problemas e soluções. Aborda também assuntos referentes à política regional e mobilidade urbana.

Quanto mais pontes, melhor

Desde abril, Lajeado e Arroio do Meio retomaram a conexão a pleno, com a inauguração da nova ponte da ERS-130. Foram quase 12 meses de espera da comunidade, que teve de lidar com trajetos alternativos ou com limitação de veículos. Agora, com o trânsito perto de uma “normalização”, precisamos olhar para o futuro. E ele passa por mais pontes.

Aqui, quero falar especificamente do trajeto entre as duas cidades. A ponte da 130 representou um alívio, é verdade. E, embora seja, de fato, a principal ligação por terra, não podemos depender exclusivamente dela, ou sobrecarregá-la. São lições que ficam das catástrofes climáticas vividas pela região.

Além da travessia na rodovia estadual e da Ponte de Ferro – reconstruída em tempo recorde após a inundação de maio de 2024 –, temos pelo menos duas novas possibilidades de estruturas para interligar os municípios cortados pelo Rio Forqueta. E ambas são alternativas interessantes.

De um lado, ou melhor dizendo, ao lado da Ponte de Ferro, há a travessia de concreto projetada para ser construída com recursos da União, por meio da Defesa Civil Nacional. Esta deve sair do papel em breve, com licitação quase pronta para ser lançada. Mas os municípios também precisarão aportar valores para garantir a obra.

Em outra ponta do Forqueta, as duas administrações se movimentam para construir uma ponte definitiva, onde funcionou, por nove meses, a ponte temporária do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), montada pelo Exército Brasileiro. Deve demorar um pouco mais. Mas há a intenção – e o compromisso também, no plano de governo – de fazê-la.

(Foto: Gabriel Santos)

Aliás…

Batizada de “ponte do Exército” pela comunidade, a estrutura metálica cumpriu um papel essen cial para a logística regional num dos momentos mais difíceis da história do Vale do Taquari. Ainda que os acessos estivessem longe das condições ideais, foi ela que possibilitou o tráfego de veículos pesados entre as duas cidades, encurtando o caminho para viagens mais longas.

É bom lembrar: os veículos de carga, por alguns meses, tinham como única opção um desvio pela ERS-129, com direito a um trecho de chão batido entre Colinas e Roca Sales. O transtorno era diário. Ao menos, esse problema foi amenizado com a ponte temporária.

Então, é preciso aproveitar os trechos já executados para fazer essa nova ponte. Asfaltar os acessos, como a Romeu Júlio Scherer. Recurso tem. O próprio Estado já prometeu. Quanto mais pontes, melhor.

Fim do ano. E não pode passar disso

A recente atualização no cronograma de obras da BR-386 aponta para uma conclusão definitiva do trecho entre Marques de Souza e Lajeado para o fim de 2025. Antes, a expectativa era de ter a duplicação pronta no meio do ano. Lá atrás, em 2021, a projeção era de dois anos.

Obra na elevada do Montanha teve sucessivos atrasos desde 2023. (Foto: GABRIEL SANTOS)

É verdade que situações não previstas travaram o andamento das obras, como as enchentes. Mas a paciência da população está esgotada com os prazos não cumpridos. Demos mais um voto de confiança à CCR ViaSul. Esperamos, em novembro, contar neste espaço e nas páginas do A Hora o término dos trabalhos, com o trecho 100% duplicado. Não pode passar do fim do ano.

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