Medidas para conter o avanço da gripe aviária foram anunciadas na tarde de hoje,16, pela secretaria estadual da Agricultura. Uma das ações será a montagem de barreiras de desinfecção. O primeiro caso em granja comercial no Brasil foi registrado no interior de Montenegro, no Vale do Caí.
Neste caso, serão inspecionados, em um raio inicial de 10 km da região onde o foco foi identificado, todos os veículos de carga animal, veículos que transportam ração e veículos que carregam leite.
Automóveis de passeio não são o foco da ação. Segundo a secretaria, a medida será iniciada neste sábado, 17. Caso não sejam identificados novos focos, o processo de encerramento do período de emergência será iniciado.
A granja onde foi confirmado o foco da doença é composta por dois galpões com cerca de 17 mil aves destinadas à produção de ovos férteis.
Os animais estavam divididos em dois galpões do aviário. A maioria das galinhas morreu, enquanto as restantes foram sacrificadas. “O local foi inicialmente isolado e passou por todo o processo de higienização. De imediato, publicamos o decreto de emergência por 60 dias”, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
O ministro, em coletiva, explicou que foi constatada a doença em 35 animais da granja. O vírus, por ser mais agressivo, se espalhou rapidamente e causou a morte de outras aves.
Monitoramento
Para esclarecer informações sobre os casos de gripe aviária identificados em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e no Zoológico de Sapucaia do Sul, o governo do Estado realizou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O Executivo estadual garante que a situação está controlada e que o monitoramento tem sido constante.

Seapi também realiza o monitoramento de outros estabelecimentos rurais em um raio de até dez quilômetros do foco, de forma coordenada (Foto – Ilustração Grupo A Hora)
O caso registrado no Rio Grande do Sul é o primeiro em granja comercial no país, sendo do mesmo subtipo dos casos anteriores. Ao todo, já foram registrados 164 casos em aves silvestres, três em aves de subsistência (voltadas ao consumo próprio ou familiar), um em granja avícola e um em zoológico no Brasil.
A coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa) da Seapi, Ananda Kowalski, assegurou que os órgãos de fiscalização estaduais executam um plano nacional de vigilância, com monitoramento constante dos plantéis avícolas e das aves de subsistência. As ações de fiscalização no Estado foram ampliadas, com reforço nas granjas avícolas, que já seguem critérios rigorosos de proteção.
Além do acompanhamento na granja afetada, a Secretaria da Agricultura também realiza o monitoramento de outros estabelecimentos rurais em um raio de até dez quilômetros do foco, de forma coordenada.