Festival do Chucrute retoma celebração de 60 anos dos grupos folclóricos

CULTURA GERMÂNICA em estrela

Festival do Chucrute retoma celebração de 60 anos dos grupos folclóricos

Na 57ª edição, os bailes ocorrem nos dias 17 e 24 de maio e prometem atrair cerca de 4 mil pessoas. Quarentena do chucrute deve ser finalizada no dia do primeiro baile. Grupos Folclóricos levam novidades ao centro do Ginásio Cristo Rei

Festival do Chucrute retoma celebração de 60 anos dos grupos folclóricos
A decoração dos bailes típicos começa a tomar forma uma semana antes do evento
Estrela

Centenas de voluntários envolvidos na organização de um dos principais eventos que perpetuam a gastronomia e a cultura germânica. Neste ano, o trabalho representa a retomada da festividade que há 60 anos retrata a tradição alemã em Estrela. Os Grupos Folclóricos de Estrela e a comenda organizadora do evento se preparam para voltar ao salão do Centro Comunitário Cristo Rei.

Após o cancelamento da festividade no ano passado, a abertura do 57º Festival do Chucrute foi marcada pelo Desfile Típico dos grupos de danças. O cortejo pelas principais ruas da cidade deixou o convite para os bailes que ocorrem nos dias 17 e 25 de maio. A expectativa é atrair cerca de 2,5 mil pessoas em cada festa típica.

Além do público que prestigia este movimento, a carreata reuniu mais de 500 pessoas distribuídas em dezenas de caminhões. Os integrantes dos Grupos Folclóricos, trajados com vestimentas germânicas, mantêm uma tradição criada em 1966 de levar o convite às casas da população. Em paralelo, outros setores trabalham para fazer o festival acontecer.

Coordenador dos grupos de danças, Andréas Hamester destaca que esta edição marca um momento especial aos dançarinos. “Essa retomada representa nossa superação. Que devemos seguir com alegria e descontração. Tivemos cerca de 100 dançarinos afetados pelas cheias e que trabalharam arduamente para ajudar o próximo e também para fazer o festival acontecer novamente”, relata.

Hamester destaca que o ato de abertura do baile deve homenagear a força dos estrelenses e do povo da Vale do Taquari no período de reconstrução. “Vai ser uma apresentação de impacto. Também é o momento de celebrar os 60 anos dos Grupos Folclóricos de Estrela, pois são seis décadas de atuação”,
afirma.

Neste ano, o Festival do Chucrute será transmitido ao vivo, pela página oficial do evento.

A missão de representar

A rainha do Festival do Chucrute, Amanda Käfer, precisou esperar um ano para vivenciar o sonho de representar a festividade. “Neste ano o festival terá um espírito de renovação. Depois de um ano sem baile, a vontade de aproveitar vem duplicada. Tem muitos compromissos durante o mês e eu me preparei muito. E com a faixa de rainha, a responsabilidade é muito maior”, afirma.

A rainha destaca que a empolgação para a retomada do festival atinge todo o grupo. Para ela, enfim representar o Festival do Chucrute, é também ter o compromisso de levar essas experiências adiante. “Me sinto responsável por repassar esses valores de geração em geração, para os pequenos principalmente”, destaca.

Das decorações aos trajes

A decoração dos bailes típicos começa a tomar forma uma semana antes do evento. A equipe de voluntários se reúne no Centro Comunitário Cristo Rei para dar andamento aos trabalhos. A colheita do cipreste, folha utilizada para confeccionar as guirlandas, acontece um ou dois dias antes da montagem.

Os dias antes das festas típicas exigem muito comprometimento da equipe envolvida. Integrante da comenda, Bruna Nunes Braun comenta que o trabalho iniciado no domingo, termina somente no sábado seguinte. “Subimos redes e bandeiras, organizamos mesas, montamos as guirlandas. É uma atividade que exige muitas mãos. Mas é muito bom estar de volta, uma alegria muito grande retomar as atividades do Festival”, afirma.

Novos trajes

Também responsável pela parte visual e criação e manutenção dos trajes, Mari Hamester relata que de março a maio suas atividades são voltadas a atender os bailarinos. No último ano, o desafio foi confeccionar as novas vestimentas dos dançarinos. Foram oito meses de trabalho, com envolvimento de 14 profissionais.

A proposta foi diferenciar os novos trajes das outras vestimentas utilizadas pelos grupos. Ao todo, são 42 novos jogos, com tons e cores escolhidas definidas por Mari.

Cardápio

Repolho, sal e folha de louro são os ingredientes que formam a comida típica que dá nome à festa. Mais de 300 quilos de chucrute estão em fase final de fermentação. Junto à expectativa para o baile que retrata a cultura germânica, a preparação do alimento começa, pelo menos, 40 dias antes. Os coordenadores do Festival, Aneli e Ernani Sehn, participam do processo há décadas.

Nos dias dos bailes típicos, a iguaria é retirada do armazenamento, lavada para retirada do excesso de sal, explica o casal. O prato servido de forma quente é refogado na manteiga. Além do chucrute, outros alimentos de origem germânica como Salsicha Bock (Bockwurst), Joelho de Porco (Eisbein) e Molho de Língua fazem parte do cardápio. O 57º Festival do Chucrute integra a programação da Maifest, alusiva aos 149 anos do município de Estrela.

Programação

Sábado, 17 de maio:
20h: 1º Baile Típico com animação de Super Musical Monte Carlo, no Centro Comunitário Cristo Rei

Domingo,18 de maio:
15h: 1º Café Colonial | Centro Comunitário Cristo Rei

Segunda-feira, 19 de maio:
13h: Baile da Feliz Idade, no Centro Comunitário Cristo Rei

Quarta-feira, 21 de maio:
9h: 28ª Festa do Idoso, no Centro Comunitário Cristo Rei

Quinta-feira, 22 de maio:
14h: 16ª Festa das Apaes, no Centro Comunitário Cristo Rei

Sábado, 24 de maio:
20h: 2º Baile Típico com animação de Orquestra La Montanara, no Centro Comunitário Cristo Rei

Domingo, 25 de maio:
15h: 2º Café Colonial, Centro Comunitário Cristo Rei

Linha do tempo do Festival do Chucrute

  • 1964: Surgimento do Baile do Coro – evento promovido pela Comunidade Evangélica que atraia diversos corais da região. O casal Adolfo e Helga Ziebel reuniram jovens para iniciar ensaios de danças alemãs, como valsas, polkas e schottisch. Os grupos iniciaram com a participação de seis casais.
  • 1966: O Baile do Coro passou a ser chamado de Baile do Chucrut, com gastronomia e decorações típicas alemãs. O Conjunto de Danças Folclóricas, como era denominado na época, foi oficialmente apresentado neste evento. Neste ano, também ocorreu o primeiro desfile com veículos decorados.
  • 1983: Devido ao crescimento do Festival, alguns casais passaram a ser escolhidos para organizar o evento. A primeira Comenda responsável pelo Baile do Chucrute foi composta por
    pares.
  • 2005: Na 40º edição, foram confeccionados os bonecos que já apareciam e cartazes de divulgação do evento, o Chuck e a Ruth.
  • 2020: Pela primeira vez, os bailes foram cancelados, devido a pandemia do coronavírus.
  • 2022: Retomada do Festival reuniu mais de 7 mil pessoas em duas noites. Cafés coloniais arrecadaram mais de uma tonelada de alimentos.
  • 2024: Novamente, os bailes foram cancelados. Desta vez, em razão dos eventos climáticos. A turnê dos Grupos Folclóricos de Estrela foi transferida para 2025

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