Com a reconstrução prevista para o bairro das Indústrias, a nova estrutura da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Leo Joas deve sair do papel nos próximos meses. A Secretaria de Educação avança na análise da documentação apresentada pelas empresas que participam do processo licitatório. Já o antigo prédio, parcialmente danificado durante as enchentes de 2024, deve ser destinado a atividades complementares.
A expectativa da pasta é concluir, nos próximos dias, a seleção da empresa responsável pela construção. Após o fracasso do primeiro edital de licitação, foi necessário abrir um novo certame,
explica o secretário de Educação, Paulo Sehn. “Precisamos reavaliar o tempo de execução da obra. Desta forma, conseguimos atrair mais empresas participantes”, afirma.
A empresa vencedora será responsável pela elaboração do projeto e pela construção da nova escola, que seguirá o modelo modular. A unidade permanecerá no bairro das Indústrias, a cerca de 600 metros da localização anterior, entre as ruas João Inácio Sulzbach e Henrique Uebel. O investimento é de R$ 7,5 milhões, oriundos de recursos de financiamento.
O novo prédio terá aproximadamente 1,4 mil metros quadrados de área construída e capacidade para atender mais de 600 alunos. Estão previstas 12 salas de aula, com capacidade para cerca de 25 estudantes cada, além de sala multiuso, laboratório, cozinha, refeitório, salas de apoio à equipe escolar e espaços com acessibilidade. Para a construção, a administração municipal adquiriu, no ano passado, um terreno fora da área de risco de alagamentos.
O secretário destaca a importância de manter a escola na mesma comunidade. “Discutimos com a população sobre o futuro do educandário. A comunidade tem uma forte identidade com a Emef Leo Joas e com o bairro das Indústrias”, reforça. Atualmente, os cerca de 600 alunos estão sendo atendidos provisoriamente na Emef Odilo Afonso Thomé, no bairro Imigrantes.
Utilização do prédio antigo
Embora tenha sido danificado, o antigo prédio da Emef Leo Joas ainda poderá ser aproveitado, já que sua estrutura não foi comprometida. Um dos projetos prevê a utilização do espaço para atividades no contraturno e oficinas voltadas aos alunos da rede municipal. A decisão foi autorizada pelo Ministério Público, conforme afirma Sehn.
“Havia uma ordem de demolição do prédio, mas não concordamos com isso. Decidimos que a estrutura será mantida porque ela não apresenta risco aos usuários. É um espaço com potencial de aproveitamento e com possibilidade de desenvolver atividades, principalmente ligadas
ao bairro”, afirma o secretário. A escola, até então inutilizada, está passando por um processo de limpeza, com apoio de um mutirão direcionado ao bairro das Indústrias. Lama e entulhos devem ser removidos nos próximos dias, permitindo à Secretaria de Educação organizar o espaço para o novo uso.