Com desafios de ampliar o debate acerca da utilização do complexo portuário e do aeródromo, José Alves assume o cargo diretor-presidente da Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log). Ele ocupa a função deixada por Elaine Strehl, que comandou a autarquia pelo período de três anos. Entre as principais propostas da nova gestão, buscar recursos para investimentos nos dois espaços.
Segundo o diretor-presidente, a escuta aos empresários da região será prioridade, com o objetivo de construir um modelo de utilização sustentável para os espaços sob responsabilidade da E-Log. Alves destaca a necessidade de organizar o complexo logístico para além dos limites municipais, com articulação junto ao governo estadual.
“A E-Log é da região. É preciso tornar a discussão regional, pensar o perfil de negócio adequado e também sobre a possibilidade de uso das áreas pelas empresas, visto a proximidade com o Rio Taquari”, afirma Alves. Nos primeiros dias à frente da autarquia, projetos para investimentos no porto e no aeródromo foram apresentados ao Estado.
Potencialização do aeródromo
Entre os principais avanços nos últimos três anos, Elaine aponta a municipalização da área de 24 hectares, além da ampliação da pista de 570 metros para mil metros. Com a sinalização do trajeto em andamento, a autarquia busca recursos para pavimentação do trecho. O investimento está avaliado em R$ 15 milhões.
Segundo Alves, há busca para que a obra seja custeada com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), visto que o espaço foi atingido pelas cheias. A expectativa é, a partir destes investimentos, avançar na publicação dos editais para cessão de uso dos hangares. “A utilização do modal viário eleva a região a outro patamar”, afirma o diretor-presidente.
Porto sustentável
A transformação da área do porto em um espaço multiuso é uma das metas da autarquia. O complexo de 50 hectares foi municipalizado em maio do ano passado. Em posse do município, o governo municipal projeta um parque de eventos voltado a feiras setoriais, lazer e educação. As mudanças também têm o objetivo de deixar o espaço do porto sustentável e resistente às cheias.
As sessões de uso e o perfil de negócios do espaço também deve ser repensado a partir da consolidação do espaço, sobretudo por utilização de empresas. A reformas são projetadas por medidas de Soluções Baseadas na Natureza (SBN), que visam atender objetivos ambientais e econômicos. Quanto à retomada do porto, Elaine destaca as ações do mutirão de limpeza nos últimos meses, que deixou a área passível de receber melhorias.