As vendas no varejo brasileiro subiram 0,8% em março na comparação com fevereiro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 15, pelo IBGE. Esse foi o terceiro mês consecutivo de alta, o que levou o setor a registrar novo recorde na série histórica iniciada em 2000. Em relação a março de 2024, no entanto, houve queda de 1,0%.
Apesar do avanço mensal, o desempenho ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela Reuters, que previam crescimento de 1,0% na comparação mensal e recuo menor, de 0,5%, na anual. Para economistas, a inflação elevada, os juros altos — com a Selic atualmente em 14,75% ao ano — e o desaquecimento do mercado de trabalho contribuem para uma desaceleração da economia, especialmente em setores dependentes de crédito.
Atividades
Das oito atividades pesquisadas, seis tiveram crescimento. Os destaques foram livros, jornais, revistas e papelaria (+28,2%) e informática e comunicação (+3,0%). Também cresceram artigos farmacêuticos (+1,2%), tecidos e vestuário (+1,2%), uso pessoal e doméstico (+1,5%) e supermercados (+0,4%).
Já móveis e eletrodomésticos (-0,4%) e combustíveis e lubrificantes (-2,1%) apresentaram retração. No varejo ampliado, que inclui veículos, material de construção e atacado, o crescimento foi de 1,9% em março frente a fevereiro.