A utilização do milho para produção de etanol cresce de forma exponencial e tem garantido seguidas altas na oferta do biocombustível para o mercado. A condição anima agricultores e, segundo relatório da Conab divulgado na manhã desta quinta-feira, 15, as usinas ajudarão a aumentar a demanda pelo grão no consumo nacional, estimado em 89,3 milhões de toneladas na safra 24/25.
De acordo com recente relatório da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), produção do biocombustível deve chegar a 9,9 bilhões de litros entre abril deste ano e março de 2026, uma alta de 20% sobre o último ciclo (abril/24 a março/25), quando o crescimento já havia sido de 30,86% sobre o período anterior.
Hoje quase um quarto de toda a produção de etanol do país já é feita a base de milho, ameaçando o mercado da cana-de-açúcar e essa participação só tende a crescer. O maior rendimento por tonelada e os subprodutos derivados da fabricação do álcool, especialmente para o trato animal, são grandes aliados do cereal. O avanço técnico, os investimentos contínuos e a alta eficiência industrial têm sido determinantes para o desempenho do setor, que se posiciona como protagonista na transição energética brasileira.
Safra de milho 9,9% maior
O relatório da Conab desta quinta-feira também elevou as estimativas da safra de milho para 126,9 milhões de toneladas. O volume representa crescimento de 9,9% em relação a temporada anterior.
A primeira safra atingiu 77,6% da área colhida, com 24,7 milhões de toneladas e toda a segunda safra está semeada, cuja produção está estimada em 99,8 milhões de toneladas.