O plano de concessão de rodovias estaduais ainda repercute na câmara de Lajeado. Na sessão desta terça-feira, 13, Ramatis de Oliveira (PL) e Mano Pereira (PL) apresentaram um requerimento que sugere audiência pública sobre o modelo proposto pelo governo estadual. A indicação é que o debate ocorra no dia 02 de junho, na sede do Legislativo, a partir das 19h.
A solicitação soma-se ao projeto em tramitação na casa com seis proponentes e sugere uma declaração de contrariedade do município ao posicionamento de pontos de cobrança no trecho de rodovias que ficam no território de Lajeado. De acordo com Ramatis a temática da audiência proposta é: A concessão do Bloco 2, modelo free-flow e o impacto do pedagiamento em Lajeado e no Vale do Taquari. “Estamos numa campanha de aumentar nosso conhecimento sobre o assunto e discutir isso”, complementa.
Além dos dois integrantes da bancada do PL, assinam o projeto contrário a cobrança de pedágio em Lajeado: Lorival Silveira (PP), Rosane Cardoso (PT), Antônio Oliveira (Podemos) e os integrantes da bancada do MDB Waldir Blau, Marquinhos Schefer e Vavá. Este último inclusive cobrou um posicionamento da prefeita Gláucia Schumacher sobre o assunto. Um requerimento foi enviado para o Executivo. “Temos que negociar e ver de que forma vai doer menos. Vi uma lista que a Gláucia é a favor e já que essa casa fala tanto, importante que a chefe do executivo se manifeste sobre esse tema importante”, justifica.
Após sinalização contrária de líderes associativos do Vale, o estado protelou a definição sobre tarifa, cronograma de obras e posição dos arcos de cobrança do pedágio. A expectativa é para uma nova versão do projeto ser detalhada até o final deste mês.
Seis projetos aprovados
Sem polêmicas ou grandes debates, os vereadores deram sinal positivos para sete projetos. Um deles, proposto por Ana da Apama (PP), institui 16 de maio como o dia S de valorização e reconhecimento do Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Também avançou a autorização para o governo abrir crédito suplementar em R$ 60 mil para reforma do andar inferior da biblioteca pública municipal, espaço atingido pelas enchentes. “É um espaço nobre, é central. A Secretaria usava para diversas atividades, inclusive para aulas de teatro. Então, hoje, com a questão da enchente ali, a gente precisa fazer essa reforma”, justificou Lisandra Quinot (PP).
Outra matéria que recebeu sinal positivo cria o Programa Municipal de Prospecção e Prevenção em saúde. A proposta é de Ramatis de Oliveira (PL). Três textos denominam ruas de Lajeado como: Irmãs Mallmann, Lótus e Ervino Appelt.
Atendimento na UPA
Entre as manifestações dos vereadores, críticas para a demora na Unidade Pronto Atendimento (UPA), no bairro Jardim Botânico. Antônio Oliveira (Podemos) sugeriu a ampliação do horário de funcionamento do posto no bairro Jardim do Cedro como solução. “Se esse posto atender até às 20 horas, as demandas vão ficar centralizadas naquela região e a UPA vai poder prestar um atendimento, porque ao meu ver, a UPA não é um posto, é uma emergência, mas não está sendo tratada da mesma forma”, comentou.
As cobranças foram endossadas por outros integrantes da oposição, que cobraram investimentos em melhorias na estrutura e contratação de profissionais para diminuir o tempo de espera. O líder de governo, Lorival Silveira (PP) respondeu que a administração ampliou o atendimento em postos neste período em que há mais demanda por conta de síndromes gripais. “Gosto da prefeita por que ela não se esconde dos problemas, toma a frente”, resumiu.
Na sessão desta semana e na próxima, Jones Fiegenbaum (PT) assume a cadeira de Rosane Cardoso. O petista reiterou os problemas no recolhimento de lixo e cobrou aplicação dos recursos repassados para Lajeado pelo governo federal. “Foram empenhados R$ 81 milhões pelo Governo Federal para a Prefeitura de Lajeado e que ainda não foram utilizados”, definiu.
Apoio a associação do São Bento
Após a sessão, alguns vereadores aderiram a uma campanha apoiada por Eder Spohr (MDB) sobre a manutenção dos serviços da Associação de Água do bairro São Bento. A demanda tem relação com o debate sobre o aditivo no contrato com a Corsan/Aegea para o fornecimento de água e tratamento de esgoto.
Há um pedido para que a prefeita não amplie o vínculo com a empresa entre alguns dos integrantes da câmara.
