Restaurante do Chico: uma história de sabor, acolhimento e memória

O meu negócio

Restaurante do Chico: uma história de sabor, acolhimento e memória

Estabelecimento conquistou público lajeadense e se tornou referência com a la minuta no município

Restaurante do Chico: uma história de sabor, acolhimento e memória
Foto: ELOISA SILVA
Lajeado

Em Lajeado, basta mencionar “a la minuta do Chico” para despertar boas memórias em quem já almoçou por lá. O prato se tornou sinônimo do Restaurante do Chico comandado por José Henrique Doertzbacher (o Chico) e por Fabiane Gonzatti. Mais que uma refeição, ele oferece uma experiência que mistura acolhimento, tradição e uma pitada de nostalgia.

A história do Restaurante do Chico começou em 2009, quando Chico decidiu deixar a rotina de caminhoneiro para estar mais próximo da esposa, Fabiane, e do filho, João. Ele também almejava retomar as suas raízes, tendo em vista que cresceu ajudando os pais em um restaurante da família, localizado em Porto Alegre.

Na época, um amigo de Lajeado indicou um pequeno ponto comercial na avenida Alberto Pasqualini. Em uma sexta-feira, Chico fechou negócio. No sábado, abriu as portas. “O espaço era modesto, uma cafeteria bem pequena. Começamos com o que tinha, e oferecíamos pasteis e alguns pratos. Mas a gente já
largou de cara com a la minuta”, lembra o proprietário.

No início, Chico e Fabiane atuavam em todas as áreas do negócio: cozinhavam, atendiam, limpavam e interagiam com o público. “A gente abria cedo e não tinha hora pra voltar pra casa”, conta Fabiane. Mas o esforço foi recompensado, pois, em pouco tempo, o restaurante conquistou a comunidade.

Entre as características marcantes do espaço e que foram importantes para fidelizar os clientes há os copos sempre gelados, a simpatia no atendimento e a comida bem feita.

Identidade marcante

Em 2015, o restaurante ganhou novo endereço, na rua 25 de Julho. Em apenas quatro dias, o espaço foi transformado. “Fizemos divisórias, pintura, instalação elétrica. Tudo corrido”, lembra o casal. A nova casa trouxe também um toque especial: a paixão de Chico por itens antigos virou parte da identidade visual. De placas a rádios antigos, tudo ajuda a contar uma história.

“Sempre gostei de coisas antigas e com história. O restaurante do Chico é uma casa comercial, pois quase todos os produtos lá tem a plaquinha de vende-se. Ou seja, é para decoração mas também pode ser seu”, destaca Chico.

O programa “O Meu Negócio” foi apresentado por Rogério Wink e transmitido ao vivo na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Marcauten, Dale Carnegie, Black Contabilidade, Motomecânica, Sunday Village Care, Construtora Giovanella, Pórtico Pré-fabricados, Lajeado Imóveis, Construtora Diamond, BIMachine, Lorenzon Plásticos, e Scheeren e Perosso Gestão Tributária.

DICA DO WINK
O maior vendedor do mundo – por Og Mandino

Este livro é a história de Hafid, um comerciante bem-sucedido que teria vivido há 2 mil anos. Já idoso e dono do maior império comercial do seu tempo, ele percebe em seu aprendiz, Erasmo, um confidente digno de receber o conhecimento que o acompanhou por toda uma vida de sucesso, e que lhe fora transmitido muitos anos antes por seu mestre, Pathros.

Em “O maior vendedor do mundo”, Og Mandino revela as sábias palavras guardadas por Erasmo, e mostra como aplicá-las no dia-a-dia e fazer dela a chave para o sucesso. A sabedoria de Og Mandino para alcançar tão extraordinário sucesso é apresentar a vida em termos mais claros e simples: verdade, sinceridade e fé.

Entrevista
José Henrique Doertzbacher (Chico) e Fabiane Gonzatti – Restaurante do Chico

“O Chico é um empreendedor, um cara corajoso”

Wink – Quem é o Chico e quem é a Fabiane? Me contem um pouco a história de vocês.

Chico – O Chico é um empreendedor, um cara corajoso, uma pessoa que pensa para frente e não tem medo de empreender. Uma pessoa que levanta todos os dias, tendo ou não movimento e vai.

Fabiane – Eu sou natural de Barra do Fão. Sou suspeita de falar de lá, pois é um lugar calmo, com uma vizinhança boa, onde todos se ajudam. E lá ainda existem as festas de comunidade, então todo mundo se empenha e trabalha unido.

Wink – Tu achas que esse ambiente de comunidade e de interior, inspira vocês no restaurante?

Fabiane – Com certeza, levamos isso para o restaurante também. Sempre digo que quando a gente serve lá, estamos servindo uma festa. Todos os dias temos uma festa para servir e isso remete e vem de Barra do Fão. Nossos pais sempre participavam muito das festas da comunidade.

Chico – Eles começaram e a gente dá continuidade. A exemplo, fazemos duas festas por ano, uma será agora dia 25 e é tudo servido na mesa. É a comunidade Nossa Senhora do Caravaggio.

Barra do Fão é a divisa de vários municípios, como funciona?

Chico – Sim, Barra do Fão tem o privilégio de pertencer a quatro municípios: Pouso Novo, Coqueiro Baixo, Marques de Souza e Travesseiro. Então a Igreja está no município de Travesseiro e a nossa casa em Pouso Novo.

O que os pais de vocês faziam lá?

Chico – Meu pai trabalhou, por anos, com pedreira e a mãe sempre foi do lar e da roça. Em 1980, meu irmão mais velho (o Paulo) veio trabalhar na antiga Churrascaria Chaparral, ao lado da Apomedil. Em 1981, meu irmão já tinha a ideia de empreender e falou para meu pai para comprarmos um restaurante. Em Porto Alegre, compramos junto com um rapaz que era nosso sócio. Primeiro compramos na Zona Norte, depois fomos para a Avenida Sertório. De Porto Alegre só tenho boas lembranças, por causa do pai, da mãe, irmão… tudo começou lá.

Tu também foste caminhoneiro, correto?

Chico – Sim, uma ótima profissão e uma bela experiência. O caminhão surgiu quando, em 2001, meus pais voltaram para Barra do Fão. Na época, meu irmão já tinha retornado e trabalhava com caminhão. Meus tios todos são caminhoneiros. Então, para começar, comprei um caminhão pequeno e trabalhei dentro de Porto Alegre para fazer entregas e mudanças. Depois, a minha primeira carga foi para Recife, levava calçado feminino. O desafio é gigante, mas pensa em uma experiência gostosa, porque tu conhece a verdadeira origem das cidades. Quando tu vai como turista vai nos pontos turísticos, melhores restaurantes e hotéis, mas no caminhão não.

Confira entrevista completa 

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