Arroz acumula desvalorizações no fim da safra

MERCADO AGRÍCOLA

Arroz acumula desvalorizações no fim da safra

Relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, aponta para queda de 24,4% no preço desde janeiro

Arroz acumula desvalorizações no fim da safra
Estado é o maior produtor do cereal no país. Colheita alcança 95,02%. (Crédito da imagem: Giovani Wrasse/Divulgação)
Estado
Os preços do arroz em casca seguem em queda, apesar da crescente disparidade entre os valores ofertados por compradores e pedidos por vendedores. A média praticada no mercado estadual caiu 24,4% desde o início do ano voltando aos mesmos patamares de julho de 2022. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira, 14, pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada)

De acordo com pesquisadores da entidade, o cenário deve limitar ou até mesmo prejudicar a rentabilidade dos produtores. Desta forma, influenciar na decisão quanto ao cultivo da nova temporada, no segundo semestre do ano.
Enquanto isso, as importações do cereal recuam (volume de abril ficou abaixo de 100 mil toneladas pela primeira vez em 2025) e as exportações seguem lentas. As vendas externas aquecidas poderiam reduzir o excedente no mercado interno e dar sustentação aos preços, avaliam os pesquisadores.

Colheita chega a 95,02%

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país, responsável por quase 70% de toda a área cultivada. Em 2022, gerou em Valor Bruto de Produção R$ 11,4 bilhões. O cereal é cultivado 176 municípios gaúchos, sendo Santa Vitória do Palmar o principal. Neste ano, a colheita está quase no fim.
Relatório do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), divulgado no fim da semana passada, indica que 95,02% da área foi colhida. O percentual representa 921,9 mil hectares de um total de 970,2 mil destinados à cultura. O volume está projetado em 12 milhões de toneladas, maior em seis anos.

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