O desmonte da Ponte do Exército marca o encerramento de uma etapa decisiva na reconstrução viária entre Lajeado e Arroio do Meio. A estrutura metálica, instalada em agosto de 2024 pelo Exército Brasileiro, começou a ser retirada ontem.
Com 60 metros de extensão e capacidade para 80 toneladas, a ponte provisória foi essencial para garantir o tráfego entre as duas cidades após a destruição da ponte da ERS-130, no Rio Forqueta, em maio do ano passado.
O início da retirada da estrutura ocorre um mês após a liberação da nova ponte da ERS-130, em 10 de abril. Com isso, o equipamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), montado por militares do 3º Batalhão de Engenharia e Combate, deixa de ser usado. De acordo com o tenente-coronel Gustavo Humberto Costa, a operação de desmontagem deve durar 15 dias.
Com o fim da ligação, os governos de Arroio do Meio e Lajeado debatem mais uma ligação permanente entre os dois municípios. O vice-prefeito de Lajeado, Guilherme Cé, confirma que a administração encaminha a contratação de um projeto para uma nova ponte na mesma região. “Após a conclusão do projeto, Lajeado e Arroio do Meio vão pleitear recursos do Funrigs para a execução da obra. Caso não haja viabilidade por esse fundo, vamos buscar apoio do governo federal”, afirma Cé.
O objetivo é manter um eixo secundário de ligação entre as cidades, que sirva de desafogo para a ERS-130. A ponte provisória montada pelo Exército cumpriu esse papel durante o colapso da mobilidade causado pela inundação do ano passado.
Antes da instalação, a única alternativa era o desvio pela ERS-129, via Roca Sales e Imigrante — um trajeto de sete quilômetros de estrada de chão batido, sem capacidade estrutural para o trânsito pesado.
Ponte da Defesa Civil: “prioridade”
Além da ponte pela ERS-130, a ligação por veículos leves ocorre também pela Ponte de Ferro, reconstruída com apoio da iniciativa privada. Há ainda um projeto na Defesa Civil para a construção de uma nova ponte de duas pistas nas imediações do ponto, capaz de suportar caminhões de menor porte e ônibus.
O governo federal garante R$ 10 milhões e cabe ao município de Lajeado proceder com a obra. No entanto, o valor global se aproxima dos R$ 13 milhões. Uma possibilidade estudada é com que contrapartida dos municípios, de fazer as cabeceiras, tenha aporte do Reconstrói RS, programa gerido pela Federação das Associações Empresariais (Federasul). “Seria necessário uns R$ 2 milhões. Hoje, nossa prioridade é essa obra ao lado da ponte de ferro. Estamos finalizando a atualização do orçamento para poder licitar”, informa Cé.