As exportações brasileiras de carne suína registraram um crescimento significativo em abril, atingindo 129,2 mil toneladas, o que representa uma alta de 14,6% em comparação ao mesmo período de 2024. A receita cambial alcançou US$ 301,5 milhões, um aumento de 24,7% em relação ao ano anterior. As vendas para a China, por sua vez, reduziu em quase um terço.
Os estados brasileiros que mais contribuíram para esse crescimento foram Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Santa Catarina liderou as exportações com 66,3 mil toneladas, registrando uma alta de 6,8%. O Rio Grande do Sul exportou 27,9 mil toneladas, com crescimento de 29,2%, enquanto o Paraná alcançou 21,5 mil toneladas, com expansão de 25,5%.
No acumulado dos primeiros quatro meses de 2025, o Brasil exportou 466 mil toneladas de carne suína, uma alta de 15,9% em comparação ao mesmo período de 2024. A receita cambial atingiu US$ 1,09 bilhão, crescimento de 29,9%.
A Associação Brasileira de Proteína Animal projeta que o ritmo positivo se manterá nos meses seguintes, impulsionado por novas aberturas de mercado, maior previsibilidade logística e negociações sanitárias em curso com mercados da América do Norte e do Sudeste Asiático.
Essa perspectiva otimista reflete a confiança do setor na continuidade do crescimento das exportações de carne suína brasileira.
A queda na exportação de carne suína para a China ocorre principalmente devido à recuperação da produção interna chinesa após o surto de Peste Suína Africana (PSA) que afetou significativamente o plantel do país entre 2018 e 2020. Com a produção local recuperando, a demanda por importações diminuiu. Além disso, a China tem aumentado o peso de abate, o que também contribui para a maior oferta doméstica.
Principais destinos
– Filipinas: 29,8 mil toneladas (+78,4%) e receita de US$ 66,2 milhões (+90,4%)
– China: 15,1 mil toneladas (-30,0%) e receita de US$ 32,4 milhões (-29,2%)
– Hong Kong: 12,2 mil toneladas (+34,1%) e receita US$ 29,9 milhões (+63,6%)
– Chile: 9,1 mil toneladas (+24,7%), e US$ 22,9 milhões (+45,8%);
– México: 7,3 mil toneladas (+121,6%), e receitas US$ 16,7 milhões (+109,9%).
– Também se destacam as compras da Argentina, que cresceram 630% em volume, para 5,9 mil toneladas e 693% em receita, para US$ 16,5 milhões (+693,0%) e dos Estados Unidos, em alta de 43,6% em volume, para 4,7 mil toneladas (+43,6%), e receita 27,2% maior, de US$ 7,3 milhões.