O desmatamento da Mata Atlântica no Rio Grande do Sul teve um crescimento expressivo entre 2023 e 2024, saltando de 52 para 1.602 hectares, um aumento de 2.981%, segundo dados do Atlas da Mata Atlântica 2025, publicado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O estudo destaca que a principal causa do avanço do desflorestamento no estado foram os deslizamentos de encostas provocados pelas chuvas extremas de maio de 2024, quando aconteceram as grandes enchentes.
O Rio Grande do Sul está entre os cinco estados que concentraram 93% do desmatamento do bioma no país. Juntos, Bahia, Minas Gerais, Piauí, Mato Grosso do Sul e RS responderam por 13.379 hectares de vegetação nativa derrubada.
No caso gaúcho, a tragédia climática do ano passado afetou praticamente todos os municípios, deixando rastros de destruição especialmente na Região Metropolitana e no Vale do Taquari. O desastre deixou 184 mortos, 25 desaparecidos e forçou milhares de famílias a abandonarem suas casas.
O relatório alerta para a relação direta entre eventos extremos e a perda de cobertura vegetal em áreas de risco, evidenciando os impactos sociais, econômicos e ambientais associados às mudanças climáticas.