O perigo das fake news

Opinião

Ezequiel Neitzke

Ezequiel Neitzke

Jornalista

Coluna esportiva

O perigo das fake news

Nos últimos dias, tive meu nome usado indevidamente para divulgar um texto falso, supostamente assinado por mim, que circulou em grupos de WhatsApp. A mensagem ainda citava um veículo de comunicação inexistente, numa tentativa clara de dar credibilidade ao conteúdo. Quero deixar claro: não escrevi aquele texto. Trata-se de uma fake news.

Esse episódio, infelizmente, não é um caso isolado. Vivemos tempos em que a mentira pode se espalhar com a mesma rapidez, ou até mais que a verdade. Quando alguém atribui palavras a outra pessoa sem seu consentimento, ultrapassa os limites da liberdade de expressão e fere diretamente a ética e a responsabilidade com a informação.

As consequências de uma fake news vão muito além do constrangimento pessoal. Elas podem gerar desinformação, acirrar ânimos, manchar reputações e até comprometer decisões importantes, como eleições ou políticas públicas. Pior: em muitos casos, quem lê e compartilha acredita estar ajudando, quando na verdade está alimentando um sistema de desinformação.

A internet é uma ferramenta poderosa, mas precisa ser usada com discernimento. Antes de repassar qualquer mensagem, é fundamental checar a veracidade do conteúdo e a credibilidade da fonte. E mais: é preciso respeitar os nomes e as vozes das pessoas.

A verdade pode até caminhar mais devagar, mas sempre encontra seu caminho. E é por ela que seguirei escrevendo.

O problema não era a transmissão

No domingo, ocorreu a partida de ida da final do municipal de Arroio do Meio. O clube mandante decidiu cobrar uma taxa para a transmissão do jogo, justificando que a filmagem afastaria o público do estádio. No entanto, os números mostram outra realidade. Conforme dados do Departamento de Esportes do município, mais de mil pessoas estiveram no campo, com cerca de 800 pagantes — mesmo com duas empresas transmitindo a partida. No sábado anterior, em Encantado, o CAN, clube mandante da final não cobrou pela transmissão. E além do A Hora, teve outro veículo transmitindo. O jogo reuniu cerca de 600 torcedores.

Esses exemplos desmentem a ideia de que as transmissões afastam o público. Pelo contrário, mostram que é possível atrair torcedores ao estádio e ainda ampliar o alcance do evento para quem não pode comparecer presencialmente. Em vez de vilanizar as transmissões, os clubes podem usá-las como aliadas. Além da visibilidade, elas podem gerar novas formas de arrecadação e fortalecer o vínculo com a comunidade. O problema não é a câmera: é não enxergar as oportunidades que ela oferece.

Será?

Depois de Leandro Damião e Marcelo Moreno, os nomes da vez para o Regional Aslivata são os de Rafael Sóbis e Luan, campeões da Libertadores com a dupla Gre-Nal. Como diria um amigo meu: “Eu só acredito vendo. Vendo não acredito!”.

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