Governador e presidente da Assembleia destacam reconstrução

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Governador e presidente da Assembleia destacam reconstrução

Políticos estiveram presentes na reunião promovida pela Associação dos Grupos Regionais de Comunicação do Rio Grande do Sul realizada em Porto Alegre 

Governador e presidente da Assembleia destacam reconstrução
Representantes dos grupos de mídias se reuniram com chefes do Executivo e Legislativo gaúcho. (Foto: ADI/Divulgação)
Estado

“Nosso compromisso é fortalecer o Rio Grande do Sul, preparando-o para o futuro com desenvolvimento sustentável em todas as regiões.” A declaração resume o tom da reunião promovida pela Associação dos Grupos Regionais de Comunicação do Rio Grande do Sul (ADI Multimídia), realizada na segunda-feira, 5, em Porto Alegre, com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB) e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Pepe Vargas (PT).

Durante o encontro com representantes de 30 grupos de mídia regional, Leite fez um balanço das ações do governo um ano após as enchentes históricas que atingiram o estado. Ele ressaltou a importância do Plano Rio Grande, iniciativa que guia os esforços de reconstrução, adaptação e enfrentamento de eventos climáticos extremos. O governador também abordou avanços nos sistemas de monitoramento e prevenção, anunciou um novo programa de apoio à agricultura familiar e reforçou a necessidade de fortalecer a infraestrutura estadual, com destaque para as concessões rodoviárias.

Já o deputado Pepe Vargas destacou que o crescimento sustentável é a principal bandeira de sua gestão à frente do Parlamento gaúcho. Segundo ele, a reconstrução exige um novo modelo de desenvolvimento que leve em conta os impactos ambientais e sociais, respeitando as especificidades regionais. “Depois de tudo que vivemos com a catástrofe climática, fica evidente que precisamos repensar nosso modelo de desenvolvimento. O Rio Grande precisa crescer, mas com responsabilidade e equilíbrio”, afirmou.

Vargas anunciou ainda a realização de um ciclo de debates sobre desenvolvimento sustentável em Porto Alegre e em municípios do interior ao longo deste ano. Ele defendeu o fortalecimento da pesquisa, da inovação e o aproveitamento das oportunidades da transição energética para atrair novos investimentos e reduzir desigualdades regionais.

Entrevista
Eduardo Leite • Governador do RS

“Plano Rio Grande foi criado para tornar o estado mais forte”

Um ano após a enchente histórica, quais são as prioridades do Governo na reconstrução do RS?

Plano Rio Grande foi criado para tornar o estado mais forte. Inicialmente, focou no resgate de vidas e ações emergenciais, como o programa Volta por Cima, que destinou R$ 250 milhões a famílias afetadas. Na fase de reconstrução, destaca-se o Desassorear RS, com R$ 300 milhões para limpeza de rios e mais R$ 700 milhões para dragagens em hidrovias. Rodovias estão sendo recompostas com investimentos de mais de R$ 2 bilhões, como na ponte entre Lajeado e Arroio do Meio. Também há ações em moradias provisórias e definitivas em municípios como Encantado e Santa Tereza.

Como avançou a prevenção e o monitoramento de eventos climáticos?

O Estado instalou seu primeiro radar meteorológico e está contratando mais três. Estações hidrometeorológicas estão sendo reformadas e estudos técnicos como batimetria e modelagem hidrodinâmica estão em andamento. Também estão sendo adquiridos equipamentos para a Defesa Civil e iniciados estudos em bacias como Taquari-Antas e Caí. As ações são acompanhadas por um comitê com 41 especialistas.

Os planos diretores dos municípios atingidos estão sendo revisados?

Sim. A Univates foi contratada para revisar os planos diretores no Vale do Taquari, buscando orientar o crescimento urbano para áreas mais seguras. Regiões devastadas poderão se transformar em parques, ajudando na contenção de enchentes.

E quanto ao apoio aos agricultores diante de estiagens e enchentes?

O Estado facilitou o licenciamento de irrigação, descentralizou autorizações para açudes, e criou o programa Irriga Mais, que subvenciona até R$ 100 mil por produtor. Também aprovou um novo programa que dará R$ 30 mil por propriedade para recuperação de solos. Contudo, Leite destaca que a União precisa contribuir, especialmente na repactuação das dívidas do setor.

Como equilibrar investimentos em concessões rodoviárias e tarifas acessíveis no bloco 2, que abrange o Vale do Taquari?

Concessões são sobre investimentos, não apenas pedágios. No bloco 2, estão previstos R$ 7 bilhões, com 240 km duplicados em 415 km concedidos. O sistema de free-flow distribuirá custos com mais justiça. A tarifa, prevista em R$ 0,23, será reduzida, e o Estado avalia aporte próprio e ajustes no cronograma.

O que ainda pretende realizar até o fim do mandato?

Mesmo enfrentando pandemia, seca, enchente e crise fiscal, o governo avançou em áreas como saúde, segurança, logística e educação. A ampliação do ensino médio integral (de 1% para 30% das escolas), investimentos em hospitais, uniformes escolares, notebooks para professores e a recuperação das finanças estaduais.

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