A Defesa Civil do RS apresentou ao Ministério Público um estudo prévio sobre as circunstâncias dos óbitos causados pela tragédia de maio do ano passado. O relatório entregue ao promotor Sérgio Diefenbach, analisa caso a caso as mortes, identifica em quais áreas estavam as vítimas. O objetivo é corrigir falhas nos planos de contingência.
Segundo o comandante estadual da Defesa Civil, Luciano Boeira, as informações contribuem para revisar estratégias e prevenir novas tragédias. “Estamos estudando cada óbito. Precisamos entender onde estavam essas pessoas e se houve falha na resposta”, afirma.
Ao todo, entre setembro de 2023 e maio do ano passado, foram confirmadas 102 mortes na região. Há ainda pelo menos 16 desaparecidos. A análise inclui localização das vítimas, resposta emergencial e se havia alerta prévio. Parte das mortes foram em áreas classificadas como de risco.
Os dados serão integrados a projetos de mapeamento, modelagem dos rios e atualização dos planos diretores em parceria com universidades e o SGB. A reunião com o promotor Sérgio Diefenbach, sem presença da imprensa, também tratou da desigualdade estrutural entre os municípios. “Nem todos têm estrutura para reagir. Estamos capacitando agentes e fortalecendo as defesas locais”, afirma Boeira.