Patrocínio esportivo começa pelo básico

Opinião

Gabriel Klein

Gabriel Klein

Sócio-diretor da GK Sports Marketing

Patrocínio esportivo começa pelo básico

No mundo do esporte, existe uma relação que vai muito além do dinheiro: a entre clubes e patrocinadores. Quando uma marca decide investir no futebol, no vôlei, no basquete, ela não está apenas colocando grana na conta. Ela está apostando que terá visibilidade, prestígio, associação com a paixão do torcedor. Em troca, o clube precisa entregar o prometido — e isso começa pelo básico: garantir que a marca apareça no lugar combinado. Parece simples, né? Mas nem sempre acontece.

No último domingo, no jogo do Grêmio, rolou uma cena que pode ter passado batido para muita gente, mas para a marca e profissionais do marketing esportivo não passou: dois uniformes em campo não tinham a marca do patrocinador máster. Para quem só quer saber se o time ganhou ou perdeu, isso pode parecer detalhe. Mas quem atua na áre e nos bastidores sabe que isso é uma grande falha.

Outro caso curioso rolou aqui no Vale do Taquari,no ano passado, com o nosso Lajeadense. Nas primeiras rodadas da Divisão de Acesso, os patrocinadores estavam lá no uniforme — mas tão apagados, tão sem contraste, que era como se não estivessem. Resultado? Depois da terceira rodada, o clube mudou a cor das estampas para destacar melhor as marcas. Ou seja: às vezes não é nem por mal, mas por falta de atenção a detalhes que fazem toda a diferença.

Se você é empresário e investe no esporte, deixa eu te dizer: patrocinar não é só pagar para ter o logo na camisa. É apostar que sua marca vai estar no local combinado, com a marca bem visivel, aparecendo para os torcedores. Quando o clube falha nisso — seja por um erro no uniforme, falta de atenção ou desorganização — ele não tá só descumprindo contrato, ele tá desrespeitando quem banca uma parte importante na industria do esporte.

E olha, a gente sabe que o marketing esportivo evoluiu muito nos últimos anos. Hoje tem rede social, tem campanha digital, tem evento, tem um monte de coisa bacana rolando. Mas vamos combinar? O básico não pode faltar. Se o clube não consegue garantir que o logo esteja no uniforme, como vai entregar projetos mais complexos?

No fim das contas, cuidar bem do patrocinador não é favor. É o mínimo que qualquer clube profissional tem que fazer. Porque quando todo mundo faz sua parte direitinho, quem ganha somos todos nós — empresários, clubes e, claro, a torcida.

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