Cooperativismo aliado ao desenvolvimento

O MEU NEGÓCIO

Cooperativismo aliado ao desenvolvimento

Inspirada pelos valores que marcaram o surgimento do cooperativismo de crédito no Brasil, a Sicredi Ouro Branco RS/MG atua em 77 municípios

Cooperativismo aliado ao desenvolvimento
Neori Abel participou do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 5. (Foto: Deivid Tirp)

O modelo cooperativista é construído com base na união de pessoas dispostas a fazer a mudança acontecer. É a partir desse esforço coletivo que ideias se tornam realidade, transformando comunidades e regiões. Um exemplo concreto é a trajetória da Sicredi Ouro Branco RS/MG, que reflete diretamente os sonhos e as necessidades das localidades onde atua.

Presente em 77 municípios — incluindo os vales do Taquari e do Caí, no Rio Grande do Sul, e os vales do Aço, Rio Doce e Jequitinhonha, em Minas Gerais —, a cooperativa mostra que é possível aliar solidez econômica com desenvolvimento coletivo.

Inspirada pelos mesmos valores que marcaram o surgimento do cooperativismo de crédito no Brasil, a Sicredi Ouro Branco carrega em sua essência o legado iniciado em 1902, com a fundação da primeira cooperativa em Nova Petrópolis (RS) pelo padre Theodor Amstad. “Ele veio para catequizar o pessoal. Mas chegando aqui percebeu que não era só isso que precisava. Nova Petrópolis era uma região muito pobre e era preciso organizar economicamente a região. Então trouxe o exemplo da caixa rural”, conta o presidente da Sicredi Ouro Branco RS/MG, Neori Abel.

Além de fundar a cooperativa, padre Amstad também atuou na criação de asilos e sindicatos, deixando um legado de solidariedade que permanece vivo no cooperativismo atual. E essa lógica solidária, é o que diferencia o modelo cooperativo de uma instituição financeira tradicional.

Conforme Neori, no Sicredi, o associado não é apenas um cliente: é dono do negócio. Ele participa das decisões, dos resultados e do futuro da cooperativa. “A cooperativa existe para primeiro desenvolver o associado, oportunizar ele e servir como instrumento de organização econômica, desenvolvendo a pessoa e, automaticamente, a comunidade”, afirma.

Atuação

Embora os produtos e serviços sejam semelhantes aos de qualquer banco, a forma como são oferecidos é o que diferencia o cooperativismo. Segundo o presidente, na cooperativa, o associado busca prosperar. E quando o negócio prospera, ele também participa dos resultados.

Expansão nacional

Um dos projetos da Sicredi é expandir para além da região sul do país, berço do cooperativismo de crédito. Segundo o presidente, esse movimento da unidade Ouro Branco se deu em função da solidez do trabalho realizado no Vale. Ao se instalar em Minas Gerais, a unidade se tornou um importante agente impulsionador dos vales do Aço, Rio Doce e Jequitinhonha.

“Estamos contentes com isso, ficamos debruçados nessa proposta e no tema. Chegamos a um consenso na cooperativa de que deveríamos participar da expansão, que é um projeto do sistema Sicredi como um todo”, afirma o presidente.

DICA DE LIVRO

Se eu Soubesse: Para Maiores de 40 Anos – por Carpinejar
Este não é um livro sobre envelhecimento, mas sobre maturidade: evoluir com paz, evoluir com serenidade e amor-próprio, aceitando, perdoando e convivendo com as suas versões anteriores, que fizeram o possível em cada época de sua vida.

“Se eu soubesse” aborda as reminiscências familiares e traz reflexões a respeito da criação dos filhos, provação do ninho vazio, bem como os recomeços profissionais e pessoais. Em tom de terapia, Carpinejar narra, em pequenos capítulos, uma descrição da infância nos anos 1970, da adolescência nos anos 1980, acompanhando a mudança de costumes.

Entrevista
Neori Ernani Abel – Presidente Sicredi Ouro Branco

“A evolução constante passou a ser um valor do Sicredi”

Wink – Tu és natural do norte do estado, correto?

Neori – Sou natural de Tucunduva, a terra da banda “Os Atuais”. Aquela região toda é muito rica em bandas e músicos. É uma região musical. E lá tem uma particularidade, pois Tucunduva é conhecida como a capital da lavoura mecanizada. Se tem notícias de que o primeiro trator agrícola que teve no RS foi em Tucunduva. E essa região toda se destaca muito, a exemplo da primeira plantação de soja do estado que foi em Santa Rosa, município vizinho. Há também grandes fábricas que, inclusive, surgiram ali.

Você estudou naquela região? Tua educação básica foi onde?

Sou filho de pequenos produtores, então nasci muito próximo do Rio Uruguai, distrito de Tucunduva. Tínhamos na agricultura e agropecuária nosso sustento. Quando terminei o primeiro grau, fui estudar no colégio agrícola Presidente Getúlio Vargas, então sou técnico em agropecuária. É uma escola da Rede Sinodal que tem, até hoje, um curso técnico bastante reconhecido. É parecido com o Colégio Teutônia, em Teutônia.

Essa experiência de ter vindo da região deve ter sido importante para, hoje, lidar com o público do Sicredi.
Ela é muito importante porque eu trabalhei na roça. Dá para entender o que se passa, os desafios que tem e o que eles precisam. Quando fui trabalhar na cooperativa de crédito, a minha mãe disse “ajuda os pequenos produtores”. E lá foi meu primeiro emprego. São três anos de curso técnico de agropecuária, mas para se formar tem que fazer um estágio. Então fui fazer em uma cooperativa de crédito, que na época não era o Sicredi. Logo depois eu acabei ficando e comecei a trabalhar. Minha trajetória profissional e no cooperativismo é toda no sistema de crédito.

O senhor chegou a fazer faculdade depois?

Sim, sou formado em ciências contábeis. Passei por outras áreas dentro da cooperativa também, que me levaram a fazer algumas especializações. Inclusive o Sicredi oportuniza isso muito.

O Sicredi sempre investiu muito na educação dos profissionais, desde aqueles que começam como auxiliar até o gerente. Isso continua?

Eu acho que agora está ainda mais forte esse investimento em educação. O Sicredi percebeu que a educação é importantíssima e a evolução constante também. A evolução constante é tão importante que passou a ser um valor do Sicredi, junto com ética e transparência. Ou seja, você está convidado a sempre evoluir, temos isso como uma marca nossa. Particularmente, tenho orgulho em dizer que incentivo bastante, pois tive dificuldade em fazer minha formação.

Confira entrevista completa

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