Quando você começou a criar mandalas?
Foi depois que montei meu primeiro filtro dos sonhos, que foi totalmente intuitivo, feito com cipó que encontrei durante uma caminhada. Logo surgiu a oportunidade de aprender a tecer mandalas. Isso foi há uns quatro anos. Desde então, elas nunca mais saíram da minha vida. Me encantei pelo processo, pelo simbolismo e pelo quanto elas me ajudavam a me expressar.
Para mim, as mandalas são como desenhos sagrados em forma de arte. São círculos com repetições de formas e cores que representam equilíbrio, conexão e energia. Cada uma é única, e carrega a vibração do momento em que foi criada. Quando estou tecendo uma mandala ou um filtro, é como se eu me recolhesse para dentro de mim, é um momento de conexão profunda comigo mesma, onde tudo desacelera e a criação acontece de forma natural.
Como funciona o seu processo de criação? Existe um significado especial nas mandalas que você cria?
Costumo dizer que crio com a alma, no tempo certo, com conexão. Tudo começa com a intuição. Se eu não estiver bem conectada, nem tento produzir. Preciso estar em sintonia com aquilo que estou criando. Às vezes, encontro um material na rua, um cipó, uma flor ou uma pedra… e aquilo já me inspira uma peça inteira. Nem sempre existe um significado específico. Às vezes o que eu emano durante a criação não é o que a outra pessoa vai sentir ao receber. E tudo bem. A energia de quem recebe também faz parte do processo. Cada um se conecta do seu jeito com a arte.
Em que momento você resolveu comercializar essa arte?
Na verdade, no começo nem era essa a ideia. Mas logo que postei meu primeiro filtro dos sonhos, bem simples, já teve gente perguntando se estava à venda. Achei aquilo incrível. Hoje tenho uma marca chamada Raiz & Vento, onde também crio biojoias com elementos naturais, sempre respeitando o tempo e os ciclos da natureza.