Um ano depois de uma das maiores tragédias ambientais da história do Brasil, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) volta a percorrer os municípios do Vale do Taquari e relembra o que define como “o maior esforço de reconstrução já empreendido pelo Governo Federal em uma única região”.
Entre maio e setembro de 2024, ele ocupou a função de ministro-chefe da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, criada em caráter emergencial após as enchentes que devastaram o estado.
Em entrevista exclusiva no estúdio da Rádio A Hora, o deputado também comentou sobre possibilidade de concorrer ao governo do RS em 2026.
“Estive em Marques de Souza, em Forquetinha, em Estrela. Aonde a gente chega, as pessoas lembram de como tudo começou, em maio do ano passado”, relatou em entrevista ao programa Conexão Regional, da Rádio A Hora, na tarde desta quinta-feira, 1.
O deputado diz ser possível ver o resultado de muito trabalho, com pontes refeitas, casas em andamento e cidades que reagiram rápido e outras que ainda enfrentam entraves.
Crise e investimento
Segundo Pimenta, o grande diferencial da resposta às cheias foi a opção por uma política de expansão econômica. “Em vez de segurar receita, como se propôs inicialmente, decidimos injetar R$ 112 bilhões diretamente na economia do estado”, afirma.
Essa decisão, segundo ele, resultou no crescimento do estado em 2024, de 4,9%, enquanto o crescimento do país no período foi de 3,4%.
Compra Assistida
Entre os legados da tragédia, Pimenta ainda destaca a criação de programas permanentes, como o Compra Assistida. “Fui eu quem criou esse modelo. A ideia veio da experiência em Santa Maria, para dar agilidade às obras urbanas. Replicamos isso depois, e agora virou política nacional.”
Pimenta afirma que o trabalho não acabou. “Ainda não sabemos quantas casas serão necessárias. Muitos cadastros não foram feitos ou foram perdidos em trocas de administração municipal”, finaliza.
Confira a entrevista na íntegra: