Empresa amplia número de catadores e espera regularizar serviço

Coleta de lixo

Empresa amplia número de catadores e espera regularizar serviço

Reclamações sobre acúmulo de resíduos gera cobrança da população. Lajeado mantém equipe de apoio em caso de erros nos itinerários

Empresa amplia número de catadores e espera regularizar serviço
Logística de transporte do lixo até o aterro sanitário não está previsto em contrato no cronograma de coleta dos bairros, diz representante da Coleturb. (Foto: Filipe Faleiro)
Lajeado

Diante das reclamações da comunidade, do acúmulo de resíduos nas calçadas e falhas operacionais, o serviço de recolhimento de lixo em Lajeado dá sinais de retomada da normalidade. A coleta passou por uma série de ajustes desde a troca de empresa responsável e enfrenta os desafios de um contrato emergencial, com revisão na forma de operar e de uma logística complexa.

A empresa Coleturb Soluções Ambientais passou a operar em 13 de abril. Segundo a gerente-geral da empresa, Elisângela Amaral, as falhas iniciais se devem a um conjunto de fatores, desde a inexperiência dos trabalhadores até a dificuldade de mobilidade em determinados bairros.

No entanto, com nove equipes em campo — cinco atuando pela manhã e quatro à noite —, a coleta foi normalizada nesta semana. “Regularizamos toda a coleta na segunda-feira. Retiramos o acumulado. Agora, estamos conforme o previsto”, afirma.

O contrato com a Coleturb tem validade de seis meses, sem o planejamento de longo prazo que os contratos licitados oferecem, diz a diretora. Isso impõe limites à estrutura de atendimento. “O custo operacional precisa ser diluído em um período muito curto. Diferente de um contrato de cinco anos, onde é possível investir mais em frota, manutenção e treinamento”, relata.

Mesmo com o quadro de funcionários preenchido e, segundo a empresa, com efetivo até acima do previsto, o fator humano ainda é um desafio, pois parte dos trabalhadores não têm experiência anterior em coleta urbana. “Estamos formando profissionais na prática. Isso exige tempo. É normal que ocorram falhas operacionais enquanto o time se estrutura”, reconhece.

Além disso, houve relatos de problemas mecânicos em veículos. Um dos casos ocorreu no bairro Montanha, quando um caminhão que não pertencia àquela rota ficou parado. “São situações que precisam de resposta rápida da oficina, mas fazem parte da rotina de uma operação como essa”, diz Elisângela.

A nova divisão de roteiros também passou por revisões. Bairros com maior complexidade de acesso, como Moinhos D’Água, Bom Pastor e Conventos, têm exigido ajustes logísticos. Nessas regiões, a coleta pode levar até três horas só de deslocamento até o aterro sanitário, além de mais quatro horas de coleta efetiva. “Muitos contratos não consideram o tempo de deslocamento, o que compromete a produtividade das equipes”, relata a gerente.

A coleta noturna ocorre nos bairros São Cristóvão, Florestal, Centro, Hidráulica e Americano, com início às 20h. Já a coleta diurna segue o cronograma estabelecido, com recomendação para que os resíduos sejam colocados nas ruas até duas horas antes do horário previsto.

Acompanhe
nossas
redes sociais