Construção das primeiras casas em Lajeado pode iniciar ainda em maio

Promessas dos governos

Construção das primeiras casas em Lajeado pode iniciar ainda em maio

Moradias fazem parte do programa "A Casa é Sua", do governo do Estado

Construção das primeiras casas em Lajeado pode iniciar ainda em maio
Crédito: Rodrigo Gallas
Lajeado

Depois de ampliar o prazo do aluguel social de 18 para 40 meses, o governo municipal aguarda pelo início da construção de moradias para as famílias que perderam suas casas nas enchentes de setembro de 2023 e maio de 2024. A expectativa é que as primeiras habitações comecem a sair do papel ainda em maio, segundo a prefeita Gláucia Schumacher.

As primeiras casas a serem construídas devem ser do programa “A Casa é Sua”, do governo estadual. Já as moradias referentes a programas federais ainda não tem uma projeção de início. Conforme Gláucia, a demora se dá sobretudo por questões técnicas. “O que acontece? O município oferta o terreno. Vai para o governo, que autoriza ou não. Aí tem a questão da terraplanagem, criaçaõ das matrículas, desmembramento para, aí sim, construir”, frisa.

Na avaliação dela, os processos estão “na fase final”. No caso dos programas federais, a empresa responsável pela construção já foi licitada e resta apenas o aval da Caixa Econômica Federal. No entanto, foi informado à prefeita que o município terá de aportar um valor de cerca de R$ 2 milhões que não estava previsto inicialmente no primeiro loteamento.

“Eles apresentaram um dos lotes de terrenos onde serão construídas as casas e também um valor que a prefeiturá terá que aportar. Programas são modificados ao longo do tempo. Esse foi criado de forma emergencial e, para se adaptarem, são colocadas mais coisas. E se não aportarmos esse recurso? Trava tudo. Então temos que fazer”.

Gláucia destacou, durante a entrevista, que todos os movimentos referentes às moradias, como o custeio do aluguel social, contaram com recursos do superávit do município. “Já passam dos R$ 35 milhões esses gastos gerais. É um valor considerável, que não estava previsto. E se vir outra tragédia? Não teremos mais como aportar nesse volume, de forma emergencial e rápida”.

Reocupação de locais atingidos

Outra preocupação da prefeita é com as áreas devastadas pela inundação de maio. Em tese, são locais que não podem mais receber habitações. No entanto, não há uma projeção de quando o município poderá ocupar esses espaços para a construção de parques.

“Quando transferirmos toda a população para lugares seguros, o impacto [de uma eventual cheia] será muito menor. Metade do problema estaria resolvido. Mas o que fazer com essas áreas? No momento em que o morador ganhar a casa nova, terá que doar o antigo terreno ao município. Então, não tenho como comprar agora. Fica parado”.

O município contratou um estudo para entender como fica o zoneamento de Lajeado no pós-cheia. Esse levantamento apontará os locais que não podem receber moradias, ou poderão receber parques e áreas de lazer. “Se esse estudo andar, nós teremos um norte”. O governo também fez solicitação de recurso ao Estado para fazer demolição e limpeza das zonas de arrasto, semelhante ao que é feito no antigo bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul.

Nova ponte e lixo

Gláucia também abordou outros assuntos na entrevista. Entre eles, a nova ponte sobre o Rio Forqueta entre Lajeado e Arroio do Meio, que será construída com recursos da Defesa Civil nacional. Lembra que o recurso está posto, mas as duas administrações terão que aportar verba para a execução das cabeceiras.

“Seriam mais R$ 2 milhões para cada município. A ideia inicial era fazer onde está a Ponte de Ferro. Agora, vai se deslocar mais ao lado, porque não tem como trocar o local. Tentamos levar para substituir a Ponte do Exército, mas não foi possível. O recurso está aí. Abandonamos? Vamos investir então”.

Quanto a questão do lixo, assunto que tem gerado dor de cabeça ao município, Gláucia espera que o estudo para apontar melhorias no serviço fique pronto em 60 dias. Já o contrato temporário com a Coleturb, responsável pela coleta convencional, tem seis meses de duração.

“Pegamos o contrato anterior e licitamos, com aumento de duas equipes. Antes eram sete, agora exigimos nove. Recebo levantamento todo dia da coleta e realmente a cidade produz muito mais lixo. Quero entender como fazer um recolhimento mais efetivo”.

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