Câmara arquiva CPI sobre colchões de enchente após relatório do executivo

VENÂNCIO AIRES

Câmara arquiva CPI sobre colchões de enchente após relatório do executivo

Por maioria, vereadores decidiram encerrar investigação sobre suposto desaparecimento de colchões destinados a famílias atingidas pelas cheias de maio de 2024

Câmara arquiva CPI sobre colchões de enchente após relatório do executivo
Foto: divulgação
Venâncio Aires

A Câmara de Vereadores de Venâncio Aires decidiu, por maioria, arquivar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que buscava investigar o suposto desaparecimento de colchões comprados com recursos públicos para atender famílias afetadas pela enchente de maio do ano passado. A decisão seguiu recomendação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que considerou suficiente o resultado de uma sindicância interna realizada pela Prefeitura.

O prefeito Jarbas da Rosa divulgou o parecer final da investigação na segunda-feira, 28, por meio de suas redes sociais. Segundo ele, a sindicância concluiu que não houve desvio de colchões, prejuízo ao erário ou má-fé por parte de servidores públicos.

“Há 60 dias, solicitei uma sindicância interna para apurar a inconsistência no número de colchões no nosso almoxarifado. Ela apontou que não houve desvio nem dano ao erário. Houve apenas uma conversão de colchões de solteiro para casados, tudo documentado e sem prejuízo para a Prefeitura”, afirmou o chefe do Executivo.

Com base nesse relatório, a CCJ entendeu que o objeto da CPI havia perdido sentido, o que motivou o arquivamento do pedido. A decisão, no entanto, provocou intensos debates entre os parlamentares da base do governo e os da oposição.

O arquivamento foi aprovado com os votos de Nelsoir Battisti, Claidir Kerkhoff, Gilberto dos Santos, Gerson Ruppenthal, Everton Dias, Alessandra Ludwig, Luciana Scheibler, Nilson Lehmen e Alberto Sausen.

Votaram contra o arquivamento os vereadores Diego Wolschick, Sandra Silberschlag, Jeferson Schwingel, Ezequiel Stahl e Elígio Weschenfelder. O vereador Ezequiel Stahl (PL) criticou a decisão e afirmou que pretende encaminhar o caso ao Ministério Público Federal, alegando que os recursos utilizados na compra dos colchões são de origem federal.

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