Estrela avalia áreas para desenvolvimento e projeta parque em área de risco

MAPEAMENTO

Estrela avalia áreas para desenvolvimento e projeta parque em área de risco

Comunidade se reuniu em audiência pública para debater diagnóstico do plano diretor elaborado pela Univates e governo do Estado. Projetos habitacionais e mobilidade urbana e rural são destacados como prioridades

Estrela avalia áreas para desenvolvimento e projeta parque em área de risco
Áreas de risco às margens do Rio Taquari projeto avanço de cidade para áreas descentralizadas
Estrela

A primeira etapa do diagnóstico do plano diretor, elaborado pela Univates e pelo governo do Estado, foi apresentado à comunidade de Estrela. Além de mapear as áreas de risco do município em decorrência dos eventos climáticos, a audiência pública busca integrar a população nas decisões voltadas ao desenvolvimento da cidade.

O encontro ocorreu no dia 17 de abril, no auditório da Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis), com presença de cerca de 50 pessoas, representantes das áreas urbana e rural. Entre os principais temas apresentados pela equipe da Univates, o avanço de projetos habitacionais em locais seguros e mobilidade urbana.

O secretário-adjunto de Planejamento e Sustentabilidade, Emerson Musskopf, explica que as áreas classificadas com maiores graus de risco de inundação estão nas proximidades do Rio Taquari. No entanto, o município não sofre com possibilidades de deslizamentos, o que facilita o desenvolvimento em outras zonas.

“Temos muitas áreas aptas ao crescimento, tanto para zonas urbanas, quanto agrícolas. Alguns bairros oferecem possibilidade de desenvolvimento habitacional, outros comercial e industrial. É importante a participação da comunidade para que essas movimentações atendam às necessidades da população”, afirma Musskopf.

A partir do zoneamento de áreas de risco e orientações para ocupação, o plano diretor deve ser revisto com diretrizes de plano de habitação, parcelamento de solo, plano de mobilidade e código de obras e edificações. Para incentivar a participação da sociedade, Musskopf diz que a universidade também colaborou com questões a serem respondidas pela população.

Questões relacionadas à mobilidade urbana também nortearam o encontro. Atualmente, o trânsito em horário de pico é um dos maiores gargalos do município, que possui somente um acesso próximo ao centro urbano. A expectativa é que a partir da descentralização de serviços e crescimento de novos bairros, o fluxo acompanhe esse desenvolvimento.

Na avaliação do secretário Tiago de Almeida, Estrela apresenta muitos bairros com possibilidades de avanço. “É importante que a população participe para que possamos detalhar essas áreas. Ainda que se tenha pessoas responsáveis pelo projeto técnico, as decisões são coletivas”, aponta Almeida.

Ao passo que avança a construção de projetos habitacionais, o município planeja a instalação de um parque alagável, com sistema de drenagem sustentável, às margens do Rio Taquari.

Participação da comunidade

O secretário coloca o plano diretor como a “segunda lei mais importante do município”. Ele destaca que a partir desta legislação ocorre a evolução da cidade pelo período de 20 anos. O atual documento foi criado em 2006. Crescimento sustentável e atualização de estratégias em caso de tragédias também foram assuntos debatidos.

A Univates e o município devem promover mais encontros junto à população ao longo do ano. Até o momento, a administração municipal recebeu o zoneamento de áreas de risco e as diretrizes preliminares de ocupação. Os próximos passos envolvem a elaboração de propostas, com estratégias de implementação para tornar a cidade mais segura e sustentável.

Após definido o projeto final do plano diretor do município, levando em consideração as demandas comunitárias, o documento deve ser instituído através de Lei Municipal aprovada na Câmara Municipal de Vereadores e sancionado pelo Executivo.

Sobre os planos

O contrato entre Univates e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) para o estudo das cidades após as cheias foi firmado em junho de 2024, com investimento de R$ 3,1 milhões. Além de Estrela, Arroio do Meio, Muçum, Colinas, Roca Sales, Encantado e Cruzeiro do Sul recebem o projeto.

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