As atividades no Porto Fluvial de Estrela devem ser retomadas ainda no primeiro semestre. Após o mutirão de limpeza no complexo, a Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log) inicia as intervenções para reestruturar a sede e os pavilhões da área. Parcialmente destruído pela cheia de maio de 2024, o espaço passou por restauração nas últimas semanas.
As ações envolvem melhorias na infraestrutura, afirma a diretora-presidente Elaine Strehl. As próximas reformas estão relacionadas a troca de telhado, instalação de portas de vidro e restabelecimento da energia elétrica. O restante dos entulhos gerados pela limpeza também devem ser recolhidos até a primeira semana de maio.
O conserto dos telhados tem previsão de início para os próximos dias. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 49 mil. Quanto ao restabelecimento da energia elétrica, Elaine diz que três postes foram doados pela Cooperativa Certel e que, neste momento, a autarquia busca o religamento junto à concessionária RGE.
“Com isso, temos o básico para instalar a E-Log novamente na área do porto. Investimos na compra de material elétrico para restabelecer a energia e fazer o cabeamento necessário. Temos melhorias para fazer na parte do cais, como a retirada de blocos de concreto que foram arrancados pela força da água. Mas o pátio está finalizado”, afirma a diretora-presidente.
Apesar dos danos, o município destaca as condições de utilização do espaço. “O apoio da iniciativa privada foi essencial para avançar no desenvolvimento na área portuária. Projetamos atração de novas empresas e transformação do complexo para novamente ser uma área de lazer e espaço para feiras regionais”, comenta Elaine.
A reativação do complexo é vista como uma ação estratégica para o desenvolvimento do bairro das Indústrias, aponta Elaine. A partir do início das atividades, a autarquia avalia quais intervenções serão necessárias para o pleno funcionamento do espaço. A diretora-presidente também ressalta que a limpeza interna deve ser feita pela equipe do município.
Sobre o mutirão
O plano de ação contou com a participação de 11 empresas para viabilizar os trabalhos. O termo de cooperação entre os envolvidos foi assinado em março. As instituições privadas disponibilizaram maquinário pesado para a remoção de entulhos acumulados ao longo do tempo, bem como insumos necessários para o andamento das atividades.
O cronograma foi dividido em três etapas. A primeira fase consistiu na limpeza da sede da E-Log. Posteriormente, roçadas e poda de árvores. Por fim, a retirada dos entulhos gerados no complexo portuário. A retirada dos entulhos gerados pelas cheias também foi finalizada no início de abril, com mais de 14 mil toneladas direcionadas ao aterro sanitário de Minas do Leão.
O município detém a gerência do complexo portuário, pelo período de 20 anos, devido ao processo de municipalização concluído no ano passado. A limpeza e recuperação do porto foi o primeiro passo para devolver funcionalidade e relevância econômica do complexo.