Presidente da CIC-VT atribui redução no nível de empregos formais ao assistencialismo

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Presidente da CIC-VT atribui redução no nível de empregos formais ao assistencialismo

Empresas atingidas pelas cheias de 2023 e 2024 e beneficiadas por linhas especiais de crédito estão sendo alertadas sobre a redução no número de empregados

Presidente da CIC-VT atribui redução no nível de empregos formais ao assistencialismo
Presidente da CIC-VT, Angelo Fontana (Foto: Diogo Fedrizzi)
Vale do Taquari

A queda no nível de empregos formais está relacionada ao assistencialismo do governo e à desesperança dos moradores em permanecerem na região, aponta o presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Ângelo Fontana.

“As pessoas preferem trabalhar na informalidade para continuarem recebendo recursos da União, mesmo com salários acima da média. Além disso, a falta de mão de obra também é consequência da escassez de moradias. Não conseguimos atrair novos trabalhadores e ainda estamos perdendo os que já estão aqui, devido à frustração causada pelo não cumprimento das promessas de construção de casas. É uma situação muito difícil, um desafio involuntário de manter a empresa funcionando e conseguir cumprir as cotas”, comenta Fontana.

Além dos fatores relacionados aos programas governamentais, o presidente também destaca que, desde a enchente de 2023, as empresas enfrentam dificuldades para se reestabelecer, apesar do potencial de crescimento do Vale. “Falta matéria-prima para produzir. Nossas empresas, em sua maioria, atuam com imunidade regional, trabalhando com o varejo interno, que hoje está recessivo. O custo de vida aumentou muito e a diminuição nas vendas é evidente”, explica.

Sobre o crédito anunciado, ele ressalta que as taxas de juros mais baixas foram destinadas apenas a micro e pequenas empresas, através do Pronampe. Conforme Fontana, para as maiores empresas, os juros são de 0,9% a 1% ao mês, o que chega a aproximadamente 10% ao ano.

No momento, as cartas enviadas às empresas são apenas informativas e não punitivas, esclarece Fontana. Porém ele já encaminhou o assunto à diretoria da Fiergs e à Federasul, além de informar a Fecomércio. “Vamos mobilizar as entidades para buscar uma solução junto ao BNDES. Inclusive ontem, a Assembleia Legislativa já foi convidada para integrar esse movimento. Nós, junto com a Fiergs e a Federasul, seremos porta-vozes na defesa da flexibilização desse modelo tão drástico”, conclui.

Acompanhe a entrevista na íntegra:


 

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