Em uma época em que vacinas importantes ainda demoravam para chegar à rede pública, o médico pediatra João Paulo Weiand sonhava com um espaço que unisse ciência, acolhimento e proteção. Um lugar onde as famílias pudessem encontrar não só imunização contra doenças, mas também conforto e segurança para os pequenos. Assim surgiu, em 2004, a Protege – Clínica de vacinação.
A clínica se consolidou como pioneira na região e uma referência em vacinação. “No início, dividi o projeto com cinco colegas pediatras, mas o modelo não saiu como imaginava”, lembra Weiand. “Até que encontrei o enfermeiro Adriano, com talento especial para lidar com crianças. Foi ele quem ajudou a tornar o sonho realidade. Muito do que a Protege é hoje, devemos a ele. O jeito dele conquistar os pequenos fez a diferença”, afirma o médico.
O que começou em uma sala anexa ao consultório do médico, hoje é uma estrutura com sede própria, moderna e preparada para atender com excelência. “Começamos pequenos, com uma sala junto ao meu consultório, até que resolvemos sair e expandir. Até porque muitos colegas ficavam inibidos de encaminhar os pacientes para lá, tendo em vista que ficava dentro do meu consultório”, conta. A Protege cresceu, se estruturou e, com a chegada de Luciana, marcou uma nova fase.
Tecnologia em cada dose
Hoje, a Protege alia tecnologia e rigor técnico para garantir a máxima segurança em cada dose aplicada. Opera com sistema digital de agendamento e controle de vacinas, conta com câmaras frias de última geração, geradores próprios, e câmaras móveis que garantem o transporte seguro dos imunizantes. O rigor com a cadeia de refrigeração é absoluto, desde o momento da compra até a aplicação final.
“Existe toda uma rigidez para armazenar as vacinas. A exemplo, temos geradores com capacidade de 72h caso haja uma queda de energia elétrica”, revela Luciana. “A estabilidade de temperatura é normatizada, até mesmo a sala onde é feita a vacina precisa estar climatizada.”
Para garantir a qualidade dos produtos, os imunizantes são adquiridos diretamente dos laboratórios fabricantes e entregues no máximo em 24 horas, o que evita que vacinas sofram alteração de temperatura durante o transporte. Além disso, a Protege trabalha com profissionais que possuem ampla experiência e mantém constante atualização. “Possuímos registro na Anvisa, o que nos habilita a aplicação de vacinas em pessoas que viajam para o exterior”.
O programa “O Meu Negócio” foi apresentado por Rogério Wink e transmitido ao vivo na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Marcauten, Dale Carnegie, Black Contabilidade, Motomecânica, Sunday Village Care, Construtora Giovanella, Pórtico Pré-fabricados, Lajeado Imóveis, Construtora Diamond, BIMachine, Lorenzon Plásticos, e Sheeren e Perosso Gestão Tributária.
Dica de livro
Ultreia, vá em frente
por Eloni José Salvi e Luiz Fernando Andres
Várias são as motivações que levam uma pessoa a percorrer o Caminho de Santiago de Compostela. Para alguns, não chega a ser algo transformador, um divisor de águas ou ponto de virada. Ainda assim, como mostram Eloni e Luiz Fernando, ninguém volta para casa da mesma forma que partiu.
Em “Ultreia, vá em frente”, os autores narram as minúcias de cada trecho, as paisagens inigualáveis, as trilhas e como esta experiência foi singular para cada um.
Entrevista
João Paulo Weiand e Luciana Katz Weiand • Médicos e diretores da Protege Clínica Vacinação
“O sentar na frente do paciente, manter o olho no olho, isso não vai mudar nunca”
Wink – Luciana, tu és natural de onde?
Luciana – Sou Lajeadense, morei aqui os primeiros anos da minha vida, mas devido às escolhas dos meus pais, acabei voltando para Pelotas. A família da minha mãe é de lá, meu pai fez medicina na mesma faculdade onde me formei (UFPel), 30 anos depois. Por sinal, meu pai teve a honra de me entregar o diploma quando ele estava fazendo 30 anos de formado. Regressei a Lajeado em 2004 para fazer plantões no hospital, quando estava fazendo minha formação em cardiologia. E acabei conhecendo o João, saindo de um plantão, em agosto de 2005.
Wink – João, tu és de Cruzeiro, correto?
João Paulo – Isso, sou do interior de Cruzeiro, Boa Esperança. Tenho muito orgulho de ter vivido naquela terra, tive um grande aprendizado. Me lembro que, com cinco anos, alguém me perguntou o que eu queria ser quando crescer e respondi que seria médico. Eu me lembro de quando eu disse, mas não consigo saber de onde tirei aquilo. E desde então comecei a me preparar para ser médico. Na quinta série, vim estudar no Alberto Torres. Com nove anos, vim para a casa de uma tia. E depois terminei o fundamental no João de Deus, em Cruzeiro do Sul. E fiz o Ensino Médio no Castelinho. Na época, era o colégio que as pessoas procuravam, porque dava um embasamento bom para o vestibular, principalmente para quem queria ir para essa área da medicina. Tive grandes mestres. Sempre que posso, tento enaltecer esses professores que tive, pois foi um momento muito marcante. Naquela época, tinha o curso de análises químicas e realmente me deu uma base muito boa para o vestibular. Aos 16 anos fui para Porto Alegre, onde fiz um ano de cursinho e trabalhei. Trabalhava de dia, na Wilson Pneus e eu era notista. Acabei indo prestar vestibular na federal em Pelotas.
Wink – Luciana, como tu virastes cardiologista?
Luciana – A minha trajetória é um pouco diferente. Fui para Pelotas pela questão da minha família, e acabei estudando no colégio Gonzaga. Saí da escola e logo prestei vestibular, aos 16 anos. Passei e optei por medicina para fazer psiquiatria, para seguir os passos do pai. E ele era uma referência dentro da universidade. Fui bolsista da psiquiatria, minha média final foi 10, eu era uma aluna boa mesmo. Porém, tinha alguma coisa que não fazia meu coração bater tão forte lá dentro. Me lembro que nas primeiras matérias que começamos com anatomia e fisiologia, me encantou o coração. Eu achei um órgão interessante, gostava da forma como as coisas eram lógicas. Eu tive a felicidade de ter professores muito bons.