Leite critica resistência a pedágios e diz que sem concessões Estado não consegue investir

RODOVIAS DO BLOCO 2

Leite critica resistência a pedágios e diz que sem concessões Estado não consegue investir

O governador também reafirmou que a tarifa prevista será inferior aos R$ 0,23 inicialmente projetados. Consultorias contratadas via BNDES estão atualizando os estudos para apresentar, na primeira quinzena de maio, uma nova modelagem financeira

Leite critica resistência a pedágios e diz que sem concessões Estado não consegue investir
Foto: Filipe Faleiro
Vale do Taquari

O governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou a necessidade das concessões rodoviárias no Rio Grande do Sul e criticou a resistência de parlamentares ao modelo. Segundo ele, insistir contra a cobrança de pedágio compromete investimentos essenciais para a melhoria da infraestrutura do Estado.

Leite ressaltou que o governo não tem capacidade financeira para realizar sozinho os investimentos previstos. São necessários cerca de R$ 7 bilhões para a recuperação de 415 quilômetros de rodovias. “Não há hipótese de o Estado fazer isso sem a parceria privada”, disse.

O governador elogiou a responsabilidade das lideranças locais, mas criticou setores políticos que, segundo ele, desconsideram a realidade fiscal do Estado. “Somos o Estado com a maior desproporção entre servidores ativos e inativos. Mesmo após reformas profundas, o déficit previdenciário é de R$ 9 bilhões ao ano”, afirmou.

Leite ainda reforçou que a resistência ao pedágio não contribui para o desenvolvimento. “Quem insistiu em atacar os pedágios não se elegeu. Temos que ter coragem para enfrentar os temas mais importantes. Sem rodovias de qualidade, o crescimento econômico será travado.”

O governador também reafirmou que a tarifa prevista será inferior aos R$ 0,23 por quilômetro inicialmente projetados. Consultorias contratadas via BNDES estão atualizando os estudos para apresentar, na primeira quinzena de maio, uma nova modelagem financeira.

Sobre o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), Leite alertou que os recursos já estão comprometidos com diversas demandas, como obras de infraestrutura e apoio à urbanização. “Se aumentarmos o aporte para as concessões, outras ações deixarão de ser feitas”, concluiu.

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Confira a entrevista na íntegra:

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