Morte do Papa Francisco comove fiéis e líderes religiosos

EXEMPLO DE FÉ

Morte do Papa Francisco comove fiéis e líderes religiosos

Dom Itacir Brassiani, padre Roni Fengler e a jornalista Renata Agostini destacam o legado de fé, humildade e proximidade do pontífice com os mais frágeis

Morte do Papa Francisco comove fiéis e líderes religiosos
Foto: divulgação / Vaticano

A notícia da morte do Papa Francisco comoveu líderes religiosos e fiéis em todo o mundo. Na Diocese de Santa Cruz do Sul, o bispo Dom Itacir Brassiani manifestou seu pesar e destacou a importância do pontífice para a Igreja contemporânea.

“Celebramos a Páscoa de Jesus e fomos surpreendidos nesta manhã com a Páscoa definitiva do nosso querido Papa Francisco”, afirmou Dom Itacir. Para ele, embora a morte do Papa, aos 88 anos, não tenha sido totalmente inesperada, o momento é de gratidão e oração. “Agradecemos a Deus por nos ter dado de presente esse irmão, pai e profeta, que nos convidou à alegria de sermos cristãos e a uma Igreja em saída, voltada para as periferias existenciais e sociais.”

Dom Itacir também convocou a comunidade a rezar pelo futuro da Igreja, pedindo um processo de escolha do próximo Papa que seja guiado pelo Espírito Santo, “livre de disputas e interesses pequenos”, e que atenda às necessidades do mundo atual.

Em Lajeado, o pároco da Paróquia Santo Inácio, padre Roni Fengler, também lamentou a partida de Francisco. “Se fosse há algumas semanas, não iríamos estranhar, pois ele já estava bastante fragilizado. Ainda assim, fomos pegos de surpresa”, disse. O padre destacou que a morte do Papa ocorre justamente no período pascal, o que traz um significado especial. “Ele cumpriu sua missão, foi fiel até o fim, como Cristo”, afirmou.

Em homenagem ao pontífice, a Paróquia Santo Inácio realizará uma missa especial nesta segunda-feira, 21, às 18h, agradecendo pela vida e o pontificado de Francisco. Padre Roni recordou momentos marcantes do início do pontificado, quando estava na Alemanha e presenciou a alegria dos europeus ao acolher o primeiro Papa não europeu da história recente. “Ele trouxe um olhar carinhoso para os mais esquecidos, como fazia Jesus. Também nos alertava sobre o cuidado com a casa comum”, lembrou.

Pároco da Paróquia Santo Inácio, padre Roni Fengler (Foto: Maira Schneider).

Memórias de quem esteve próximo

Natural de Encantado e hoje residindo na Irlanda, a jornalista Renata Agostini acompanhou de perto a trajetória do Papa Francisco. Ela foi voluntária nas quatro edições da Jornada Mundial da Juventude em que o pontífice esteve presente: Rio de Janeiro (2013), Polônia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023). Também esteve com ele no Encontro Mundial das Famílias, na Irlanda, em 2018.

“Ficamos muito tristes com seu falecimento. O Papa Francisco marcou uma geração inteira, especialmente a minha, com sua proximidade e sua alegria”, relatou Renata. Ela recorda com emoção momentos vividos ao lado do Papa, como um fato no Rio de Janeiro, quando o carro papal errou o caminho e os voluntários formaram um cordão humano para protegê-lo. “Foi como a vibração de uma final de Copa do Mundo, mas com energia de paz e amor. Me arrepio só de lembrar.”

Mesmo com tantas oportunidades, Renata não carrega consigo uma foto com o Papa. “À semelhança dele, preferi viver o momento na humildade, sem idolatria, mas com fé em Jesus Cristo”, contou.

Para ela, o legado de Francisco é um chamado ao serviço alegre e comprometido. “Ele nos ensinava a ser protagonistas, a nadar contra a corrente, a ser surfistas do amor. Assim, lembraremos dele para sempre.”

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