Cerca de 42% das startups encerram as atividades por não suprirem as demandas dos consumidores e estarem mal posicionadas no mercado, afirma o diretor do Dale Carnegie Vale do Taquari, Gabriel Garcia.
De acordo com o diretor, muitas dessas empresas apostam em produtos voltados a nichos saturados, sem atrativos reais para o público. “O que se vê, com frequência, são soluções que não resolvem problemas concretos ou que simplesmente não interessam mais ao mercado”, explica.
Outro erro comum, segundo o especialista, é a falta de clareza na definição da persona de marketing. Isso leva as marcas a tentarem atingir públicos muito amplos, o que acaba comprometendo a eficácia das vendas. “No cenário atual, onde as pessoas valorizam identidade de grupo e senso de pertencimento, as empresas que se destacam são aquelas que se comunicam de forma estratégica com seu público principal”, destaca.
Dados do setor reforçam esse panorama. Estima-se que 35% dos produtos fracassam por não atenderem a uma necessidade real, enquanto 95% dos 30 mil novos produtos lançados por ano não se sustentam no mercado.
Para Garcia, uma das causas desse índice elevado de falhas está na dificuldade de as empresas ouvirem e aplicarem o feedback dos clientes. “Há uma resistência natural à mudança. Muitas vezes, o que vinha dando certo deixa de funcionar, e isso não é percebido ou considerado. É fundamental transformar o retorno do consumidor em inovação real dentro da empresa”, conclui.