Após diversas reivindicações, a Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) projeta que a tarifa máxima a ser cobrada por quilômetro rodado nas rodovias do Bloco 2 fique em R$ 0,14. “Como o critério do leilão será a menor tarifa, há tendência de que esse valor ainda diminua, podendo chegar a R$ 0,11”, avalia o presidente da entidade, Mateus Trojan.
O governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou a redução no teto atual de R$ 0,23, e a nova proposta deve ser apresentada em maio. Trojan enfatiza que o problema não está no modelo de pedágio free flow, mas sim no valor, que considera “absurdo e exorbitante” se comparado com outras regiões do estado e do país.
Na sexta-feira, 10, o governador reuniu lideranças do Vale para apresentar uma reunião. No entanto, Trojan relata ter saído frustrado do encontro. “Havia expectativa de dados concretos e de uma devolutiva clara quanto às nossas reivindicações. Em vez disso, foi realizado um evento com apresentação de informações sobre a situação fiscal do Estado e suas projeções. Embora sejam relevantes, essas informações deveriam ter sido compartilhadas no início do processo. Isso tornaria o debate mais qualificado e compreensível”, avalia.
Apesar de confirmar a redução na tarifa, Leite ainda não especificou qual será o novo valor, tampouco detalhou como o Estado garantirá um custo mais baixo aos usuários. Segundo o presidente da Amat, a viabilidade de uma tarifa mais baixa depende de maior aporte de recursos próprios do orçamento estadual e de uma análise criteriosa sobre quais obras são, de fato, necessárias.
“Estamos em uma etapa do processo em que, legalmente, não caberia mais nenhuma mudança. Ainda assim, continuaremos mobilizados e cobrando que todas as demandas sejam atendidas. Não podemos dizer que faltou diálogo, estivemos presentes em várias audiências e reuniões, inclusive com o próprio governador. A questão agora é que haja compreensão do processo e atendimento efetivo das nossas solicitações”, afirma Trojan.