Em um ato de mobilização e cobrança, cerca de 80 moradores do bairro Navegantes em Arroio do Meio, o mais atingido pela enchente de maio de 2024, reuniram-se na manhã deste domingo, 13, no campo ao lado da Escola Construindo o Saber.
O objetivo foi exigir respostas e celeridade dos governos na construção de moradias definitivas para as famílias desabrigadas.
Durante o encontro, conduzido por líderes comunitários, foram listadas as principais demandas da população. “Temos poucas informações. Muitas promessas foram feitas, mas a ajuda não chega. Queremos saber do nosso futuro”, desabafou José dos Santos, um dos organizadores da reunião.
Os moradores não descartam ingressar com uma ação no Ministério Público para pressionar os governos.
Processo lento
A reunião também contou com a presença do prefeito Sidnei Eckert, que respondeu aos questionamentos. Segundo ele, o município enfrenta dificuldades para atender todas as famílias afetadas e reconstruir as mais de 500 residências destruídas. “A prefeitura precisa seguir regras. Estamos trabalhando, mas o processo não é simples”, afirma.
Eckert informou que há previsão de construção de 70 casas com recursos do governo do Estado, em uma área já desapropriada, além de outras 40 unidades financiadas pelo Ministério Público.
No entanto, a maior dificuldade, segundo o prefeito, está em viabilizar o repasse de R$ 55 milhões da Defesa Civil Nacional, destinados à construção de moradias e parques nas áreas destruídas. “É preciso apresentar projetos e indicar as áreas. Não é um processo rápido”, explicou.
Na próxima semana, o governo fará uma reunião com os vereadores para discutir a possibilidade de utilizar áreas institucionais para erguer novas casas. Além disso, uma empresa de Alagoas (Telesil Engenharia), em parceria com a Caixa Econômica Federal, deve iniciar a construção de 200 moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida, em um novo loteamento no bairro Dom Pedro.
