Família Glufke mostra como base escolar sólida instiga valores humanitários

Memórias e Construções

Família Glufke mostra como base escolar sólida instiga valores humanitários

A família formou um empresário, uma professora, seus filhos e, agora, os netos, sempre com foco em liderança e formação cidadã.

Família Glufke mostra como base escolar sólida instiga valores humanitários
A trajetória da família Glufke no Colégio Alberto Torres (CEAT) atravessa três gerações.
Lajeado

Educação não se limita à sala de aula, mas é alicerce para uma vida na sociedade. A educação integral da família Glufke iniciou nos anos 1950, com o empresário Carlos Alfredo Glufke, e segue hoje, com os netos buscando o aprendizado moderno para o futuro profissional.

O casal Carlos Alfredo Glufke, 75 anos, e Maria Irene Glufke, 68 anos, construiu uma trajetória que atravessa gerações, das salas à liderança de uma empresa e à docência, passando pelos filhos e, agora, pelos netos.

Do jardim de infância ao comando de uma frota

Carlos Alfredo Glufke ingressou no CEAT nos anos 1950, quando era comum começar pelo jardim de infância. Foram anos assimilando as lições dos mestres, rígidos no conteúdo, afetivos nos relacionamentos. “Os professores eram instrutores. Não existia internet. O saber vinha por intermédio deles”, salienta o empresário.

Glufke formou-se em contabilidade, estudou na PUC e lecionou por quatro anos no Alberto Torres. Foi neste tempo que assumiu a direção do Expresso Azul, empresa fundada por sua família. “A escola me ensinou disciplina e organização – até minha ‘bagunça’ é planejada”, brinca.

A empresa Expresso Azul virou referência em transporte de ônibus. Glufke atuou na administração por 43 anos. Viu os filhos passarem pela mesma escola. “A educação mudou ao longo dos anos. Meus netos aprendem novas lições. O mundo acelerou.”

Nas aulas de alemão, Glufke aprendeu o poder da língua; nas de datilografia, aprendeu a escrever na tecnologia da época. O jeito de lidar com pessoas está entre as lições poderosas que assimilou na época escolar. Os relacionamentos são fundamentais para conduzir a empresa, a frota e o destino de milhões de passageiros. Para Glufke, aprender é entender o espírito do tempo e acompanhar as lições de um mundo acelerado.

Afeto e letras: a professora que virou mãe de alunos

Maria Irene Glufke entrou no CEAT aos 4 anos e permaneceu até se tornar professora.

Na infância, Maria Irene utilizava as ferramentas do pátio da escola para brincar. Os balanços e a gangorra atiçam a memória afetiva. A casa do jardim de infância hoje se transformou na casa da Liga de Combate ao Câncer, importante referência para sua lembrança.

Maria Irene cresceu e se tornou alfabetizadora no CEAT. Durante 25 anos, instruiu, conduziu e acolheu. Alfabetizou gerações, incluindo os próprios filhos. “Fui tia na escola e mãe em casa. Meus filhos foram bons alunos, o que facilitou o processo”, salienta a educadora aposentada.

Para Maria Irene, a escola é uma extensão do lar, um espaço onde o afeto e a amizade florescem. “Ensinar é mostrar a dimensão humana, social e generosa do ser humano. Tudo participa da vida”. Construir laços com os alunos fortaleceu o processo de alfabetização. Os alunos vivenciaram fortemente sua casa, onde interagiram com os filhos. Ela mostra, assim, que é preciso estar próximos dos jovens, filhos e estudantes.

Como professora, Maria Irene mostrou a importância da parceria entre família e escola. E seu lado mãe evidenciou a escola como alicerce para o futuro. Ela sabe: a educação criativa aumentou o potencial de filhos e alunos. Isso não tem preço, tem valor.

Alessandra: aluna das mil e uma atividades

A filha mais velha, Alessandra Glufke, 45, advogada e líder na OAB, credita ao grêmio estudantil sua veia proativa. “Defender ideias e trabalhar em equipe, isso eu aprendi no colégio.”

Do primeiro dente que perdeu na aula do pré-escolar às atividades de liderança no Grêmio do colégio, Alessandra interagiu com diferentes grupos e viveu a escola ativa. Além da sala de aula, ela participou de gincanas e ações que a guiaram para o trabalho em grupo. “Foram muitos momentos que contribuíram para quem eu sou hoje.”

Das diversas habilidades lapidadas na escola, traz o espírito de trabalho coletivo, a ênfase na liderança e a capacidade de defender ideias. “A educação é a base da sociedade. A formação vai além das matérias. A escola nos ajuda a entender como contribuir em sociedade”, enfatiza Alessandra.

Amigos para a vida

O engenheiro Carlos Guilherme Glufke mantém as amizades que floresceram no colégio. Ainda na juventude, formou o círculo de relacionamentos que contribui para a vida e o ambiente profissional. Estudou engenharia em Porto Alegre e cultivou o grupo. “Nos tempos de estudo em Porto Alegre, visitava Lajeado duas vezes ao mês. Reunia-me com a turma.”

Em 2024, o grupo de amigos do CEAT celebrou o encontro de 25 anos de formandos. Ele acredita que a educação inspira relações. “Aprender a conviver é essencial para vivermos em sociedade”, destaca.

A vez dos netos

Os filhos de Carlos, Carolina e Carlos Gustavo, agora experimentam o poder das amizades no mesmo colégio que o pai. “A gente prestou atenção nos valores que a escola transmite aos jovens. Isso influenciou para mantê-los no colégio.”

Carolina Mayrhofer Glufke, 10 anos, está na quinta série. Expansiva, faz do atletismo seu cotidiano de exercícios. A garota divide o tempo apreciando aulas de música. Aprendeu a tocar violoncelo no colégio. “A educação pode ser divertida”, salienta ela. Carlos Gustavo, 6, está no início do primeiro aprendizado, fundamental para a inserção de valores sólidos que o irão conduzir para a vida cidadã.

A educação da família Glufke continua em evolução: dinâmica, forte e criativa, essencial para um mundo impermanente que exige conhecimento contínuo.

Galeria

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