Quase um ano após a data em que a Defesa Civil municipal orientou a evacuação de Linha Harmonia – em 30 de abril –, comunidade está prestes a ver o asfalto recuperado. Pelo menos três trechos da via registram estragos em virtude da movimentação de terra, causada pelo excesso de chuva entre abril e maio do ano passado. Ordem para início das obras já foi assinada e moradores têm expectativa para resolução da situação antes do aumento do índice de chuvas, comum nas estações frias.
“Passaram aqui, avaliaram o que pode ser feito no trajeto. Era para ter iniciado essa semana, mas em virtude da chuva não deu certo. Estamos esperançosos para que venham nos primeiros dias. Já estamos esperando há um tempo, mas estamos confiantes de que agora vão fazer”, aponta a moradora do local, Rosemari Lagemann, que precisou deixar sua residência por dois meses durante o período de alerta, em 2024.
Além da restauração do pavimento asfáltico, comunidade cobra limpeza das valas laterais às vias. Rosemari ressalta que é unanime entre os vizinhos que a falta de canaletas – responsáveis por direcionar a água das chuvas – pode ter causado parte do problema na via. “O solo estava encharcado, e a água não tinha para onde ir. Acabou movendo a terra e causando estragos na rua”, comenta.
Ações contratadas
De acordo com o secretário de obras de Teutônia, Ariberto Magedanz, diversas ações estão sendo feitas na Linha Harmonia – regiões Baixa e Alta. Entre as obras, equipe concluiu o novo asfaltamento defronte à empresa Nutrepampa e a recuperação de borrachudos ao longo da via, na parte inicial do trecho (entre o trevo de acesso e o antigo necrotério da comunidade). Também é realizada a limpeza das valetas “para que a água tenha seu destino e evite maiores danos, a exemplo do que vimos ano passado”, aponta.
“No trecho que leva até a Lagoa da Harmonia temos três intervenções por parte da Conpasul, empresa vencedora [da licitação]. São três pontos bem críticos, a partir da comunidade Missouri. Essa ação ocorre através da Defesa Civil, que encaminhou projetos na época, e recebeu recurso de R$ 1 milhão para obra”, detalha Magedanz. Entre as ações da Conpasul está o serviço de envaletamento, canalização e drenagem.
Monitoramento
Depois do evento climático de maio, não houve novo registro de movimentação de massa na localidade. “A Defesa Civil faz vistorias esporádicas em áreas mapeadas, consideradas de risco, a fim de acompanhar e fazer inspeções, inclusive com drone, para avaliação de fissuras e rachaduras já existentes”, afirma o coordenador, Marco Franck.
Orientação é que alterações em terrenos ou estrondos que indiquem possível movimentação sejam informados à Defesa Civil para vistoria e investigação.