Para o diretor executivo do Hospital Ouro Branco, José Paulinho Brand, programa é um presente às mulheres gaúchas: “isso é mais do que um projeto de saúde, é um propósito de vida e uma paixão por transformar o cenário atual”, comenta. Programa oferece serviços voltados às doenças que mais afetam a população feminina – como câncer de colo de útero e de mama e endometriose. “Temos um número preocupante: a taxa de óbito em casos de câncer de mama ainda é de 22% na nossa região. Com esta estrutura, temos a oportunidade de mudar vidas”, ressalta Brand.
Centro será referência para as regiões 29 e 30 da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que contemplam 37 municípios. Equipe multidisciplinar será composta por enfermeiras, nutricionistas, assistentes sociais e psicólogas, além de profissionais especialistas, como ginecologistas e mastologistas. Serviço abrange a realização de biópsias, exames laboratoriais e diagnósticos.
Novo modelo de atendimento inicia na atenção primária à saúde. Pacientes passam por triagem nas unidades básicas e, caso se enquadrem nos critérios do programa, são encaminhadas para o centro de referência. Estratégia é criar uma rede eficiente que una acolhimento e prevenção. Fluxo deve ser integrado e gerenciado pelo Governo do Estado, com foco na priorização de casos críticos e agilidade no início do tratamento.
Polo de Saúde
Inauguração do centro de referência foi oportunidade para apresentar o projeto de expansão à secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann. “É um hospital vivo, referência regional, que transborda sonhos de um futuro em relação a um polo de saúde que por si só mostra que essa região está pulsando para expansão, ampliação e novos serviços”, comenta. Ao parafrasear o governador, Eduardo Leite, “a gente realiza um sonho e já sonha outro”, afirma que o “novo equipamento de saúde será do tamanho da mobilização desta comunidade, que honra aquilo que assume.”
Projeto tem cinco pavimentos e investimento pode chegar a R$ 52,5 milhões. Sugestão da entidade é execução em etapas. No primeiro ano, a construção do “esqueleto”, com custo de R$ 18 milhões. No ano seguinte, inauguração da UTI, do setor de Oncologia e do Banco do Sangue, R$ 14 milhões. No terceiro ano, investimento de R$ 12 milhões para finalização dos novos leitos de internação e leitos de longa permanência. No quarto e último ano, R$ 8 milhões concluiriam a obra com inauguração do ambulatório de especialidades e do centro cirúrgico ambulatorial.