Das 26 capitais do Brasil, seis estão com dados meteorológicos incompletos, afirma o vice-reitor da Unisinos e integrante do comitê científico do Plano Rio Grande, Artur Eugênio Jacobus. O professor realizou uma pesquisa sobre o funcionamento das estações meteorológicas em âmbito nacional e concluiu que a falta de informação ocorre de forma generalizada.
“Fizemos esse levantamento para dar visibilidade a essa deficiência que muitas vezes passa despercebida. O problema não está apenas relacionado a recursos humanos, mas também à falta de investimentos”, menciona o vice-reitor. Ele continua: “Todos os aparelhos têm um tempo de vida útil, e a impressão que temos é de que não há recursos disponíveis para renová-los.”
Jacobus alerta que o estudo do clima fica comprometido quando não há dados completos, o que prejudica a compreensão do que está acontecendo. “Em curto prazo, são informações pontuais, como saber o quanto choveu, por exemplo. Mas, em longo prazo, esses dados se tornam imprescindíveis para o Estado, que precisa de informações meteorológicas para saber o que fazer. É algo altamente preocupante, e isso não está acontecendo”, finaliza.