Índice de inadimplência divulgado pelo Estado é exagerado, afirma Codevat

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Índice de inadimplência divulgado pelo Estado é exagerado, afirma Codevat

Conforme Cíntia Agostini, se a inadimplência for ajustada para 10%, é possível reduzir a tarifa em até 20%, o que representa quase cinco centavos a menos por quilômetro

Índice de inadimplência divulgado pelo Estado é exagerado, afirma Codevat
Presidente do Codevat, Cíntia Agostini (foto: Paulo Cardoso)
Vale do Taquari

A presidente do Codevat, Cíntia Agostini, considera absurdo o índice de inadimplência de 30% previsto pelo Estado no contrato do plano de concessões de rodovias do Bloco 2, no modelo de cobrança free flow. “Projetar uma inadimplência três vezes maior do que a realidade é um exagero. O acompanhamento que temos feito mostra que o percentual real é inferior a 10%. Isso é um dado empírico”, afirma a gestora.

Segundo ela, a proporção entre o tráfego e a inadimplência impacta diretamente no valor da tarifa cobrada por quilômetro rodado, hoje projetada em R$ 0,23. Cíntia cita como exemplo o deslocamento entre Encantado e Lajeado. Conforme o plano apresentado, há dois pórticos entre os municípios que, juntos, custariam cerca de R$ 7,50 ao condutor apenas no trecho de ida.

“Se a inadimplência for ajustada para 10%, é possível reduzir a tarifa em até 20%. Isso representa quase cinco centavos a menos por quilômetro. É um número que o governo precisa considerar, juntamente com um aporte maior de recursos e a definição de obras prioritárias”, argumenta.

Ela também destaca que, diferente de outras regiões, o Vale do Taquari já conta com pedágios. “Não estamos falando de uma região sem concessão. O que precisamos entender é qual o melhor modelo. Ficar sem concessão também exige pensar qual é a condição para mantermos a malha rodoviária em boas condições?”, questiona.

Ainda de acordo com a presidente, o governador Eduardo Leite (PSDB) e o secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capelluppi, estão cientes das reivindicações apresentadas e sinalizaram que as demandas estão em análise. A expectativa é de que um posicionamento oficial seja divulgado em breve.

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