O histórico ex-goleiro Manga morreu nesta terça-feira, 8, aos 87 anos. Titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, o ex-jogador foi bicampeão brasileiro pelo Inter e conquistou três campeonatos gaúchos com a camisa colorada. Pelo Grêmio, venceu um Estadual.
Hailton Corrêa de Arruda, conhecido popularmente como Manga, enfrentava um câncer de próstata nos últimos anos e estava internado no Hospital Rio Barra.
A morte foi anunciada pelo Botafogo, time que ele defendeu de 1959 a 1968. “É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga”.
Nas redes sociais, o Inter lamentou a morte com uma homenagem ao goleiro. “Ídolo inesquecível, Manga foi peça fundamental na história colorada”, afirmou o clube. “Sua atuação na final do Brasileiro de 1975, jogando com dois dedos quebrados, simboliza a coragem e a entrega que o tornaram um dos maiores goleiros da nossa história.”
Manga nasceu no dia 26 de abril de 1937, no Recife. Desde 1976, por iniciativa de dois ex-professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, a data é considerada como Dia do Goleiro, justamente em homenagem ao atleta.
Ele se tornou famoso por não usar luvas numa época em que era comum os goleiros atuarem com a proteção nas mãos. Dizia que não se sentia confortável, uma vez que tinha dedos tortos. Compensava com óleo e areia nas mãos para melhorar a aderência nas defesas.
Como profissional, Manga iniciou sua carreira no Sport, no qual foi tricampeão pernambucano (1955, 1956 e 1958). Atuou, além da dupla Gre-Nal e do Botafogo, no Operário e Coritiba.
Fora do futebol brasileiro, vestiu as camisetas do Nacional, do Uruguai, e do Barcelona, do Equador. Pela equipe uruguaia, foi campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, ambos em 1971. Faturou ainda quatro títulos nacionais no país vizinho.
Foi goleiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966. No Mundial, ele compôs a equipe ao lado de lendas como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho.
Depois de encerrar a carreira, trabalhou como preparador de goleiros em Quito e nos Estados Unidos.