Depois da liberação provisória para veículos leves no domingo, 6, a ponte da ERS-130 permanecerá fechada pelo menos até esta quinta-feira, 10, para a execução das últimas intervenções na estrutura antes da inauguração definitiva. Mesmo com a previsão de chuva neste começo de semana, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) mantém o cronograma estabelecido.
Além da aplicação do asfalto na pista, ainda será instalado o piso de passeio na travessia, bem como a sinalização viária. A expectativa é de que esses trabalhos sejam executados ao longo da semana para possibilitar o uso da ponte também para os veículos pesados. A pavimentação dos 170 metros está a cargo da Construtora Giovanella.
Estas são as etapas derradeiras da obra, iniciada no segundo semestre do ano passado. A nova estrutura vai substituir a velha ponte, levada pela enchente histórica de maio de 2024. A cheia do Rio Forqueta também destruiu parte da Ponte de Ferro, que foi reconstruída em apenas um mês e entregue no mês seguinte.
A expectativa, conforme o secretário estadual de Logística e Transportes do RS, Juvir Costella, é de finalização dos trabalhos na quarta-feira, 9, com a abertura prevista para o dia seguinte. O momento de inauguração deve contar com a presença do governador Eduardo Leite.
Devolver à comunidade
Costella acompanhou o momento de abertura provisória da ponte, por volta das 7h10min de domingo. Segundo ele, trata-se de um dos momentos mais importantes em quase 50 anos de vida pública, ainda que o prazo original, previsto para o Natal de 2024, não tenha se cumprido.
“O tempo não ajudou em muitos momentos. Mas o importante agora é que se devolve para a sociedade o que é dela, uma ponte. A ligação do Vale do Taquari. Ganha a região, ganha o Rio Grande do Sul, ganha a população”, frisou.
A liberação temporária se deu como forma de possibilitar aos turistas um acesso mais facilitado ao complexo do Cristo Protetor, em Encantado. O monumento religioso, símbolo do turismo regional, foi inaugurado horas depois.
“Sentimento de felicidade”
Nas últimas semanas, o diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacôr, praticamente “morou” em Lajeado. Acompanhou in loco a evolução e reta final da obra. Na avaliação dele, mesmo com dificuldades enfrentadas em virtude das condições climáticas, para a média brasileira, a entrega da obra será “rápida”.
“É um sentimento de felicidade que temos, de entregar essa obra e devolver a ponte para Lajeado e Arroio do Meio, de forma bastante rápida. Foram sete meses. Queríamos antecipar, como projetávamos antes, mas não foi possível. Agora vamos finalizar o que falta e, tão logo, normalizar o trânsito na rodovia”, salienta.
Os primeiros
Antes mesmo das 7h, filas de veículos se formaram nas imediações da ponte para o primeiro deslocamento na nova estrutura. Assim que o tráfego foi autorizado, o clima era de alegria entre os motoristas. De moto, Leonardo Graef, morador de Arroio do Meio, foi um dos primeiros a cruzar a travessia.
“Estávamos com uma expectativa muito grande, pois já se passaram 11 meses da queda da ponte. E acredito que, a partir dessa semana, vamos ter uma normalidade no tráfego da nossa região. É um alento para o Vale, sobretudo na questão da mobilidade”, avalia o motociclista.
