Tá chegando a hora da inauguração do Cristo Protetor, na bela terra de Encantado, nos altos do vale.
Uma iniciativa construída por muitas mãos, digna dos maiores e melhores elogios, inclusive dessa modesta coluna.
Até antes da inauguração já se tornou num dos mais importantes atrativos turísticos da região e proporcionalmente inclusive do estado, abrindo grandes perspectivas paralelas.
Mais importante do que isso: a formatação física de um novo centro de peregrinação e de profundo respeito à fé, esperança, humildade e caridade.
Quem já conheceu alguns santuários como o de Fátima, ou andou pelos Caminhos do Compostela, certamente tem mais autoridade para falar sobre o assunto.
A conferir
O ramal ferroviário entre Estrela e Colinas tem uns 12 quilômetros de extensão. A faixa de domínio, pelo que sei, é de 30 metros, quinze pra cada lado dos trilhos.
Passa por várias localidades urbanas e rurais, todas com determinados atrativos potenciais.
A municipalização jurídica do trajeto, com a respectiva soberania sobre o uso e aproveitamento desse ¨corredor¨ pode trazer bons frutos. Pelo menos bem melhores do que os atuais.
Adubando boas sementes
Pois a simpática Páscoa Encantada, na boa terra de Colinas, voltou a ser realizada e atraindo muitos visitantes. Talvez passe até de 50 mil ao longo do evento, o que equivale a 25 vezes a população local.
Quem consegue isso, com articulações basicamente comunitárias, com o devido apoio da administração pública e agora até de respeitáveis empresas de projeção, tipo a Florestal.
Primeiro a gente começa (ou recomeça), depois a gente melhora.
Confraria dos defumados
Além dos insumos e condimentos, pra produzir defumados em geral tem duas operações essenciais: a moagem da mistura e o enchimento da tripa.
No cenário político brasileiro não é lá muito diferente e vale a analogia. Se examinarmos apenas as recentes décadas há dezenas de exemplos de várias ¨defumações¨ alavancadas e posteriormente descartadas, relegadas ao esquecimento, ou temporariamente requentadas.
Pare e pense em qual defumado estava temporariamente por cima da carne seca ou está agora, e por quanto tempo? Um ano, dois, quatro? Talvez enquanto forem úteis para a maquininha de moer e encher tripa. Vai saber…
Logística entrando nos eixos
Demora um pouco mais aqui ou alí, complica um pouco menos lá ou acá, custa menos assim ou menos assado, o ideal seria aquele e não esse. Ajeitar todas as melancias na mesma carroça é sempre complicado, mas uma coisa é certa: a carroça tem que rodar, de um jeito ou de outro, ficar atolada no brejo não resolve nada. Primeiro a gente começa, depois a gente melhora.
Depois da brutal bangornada que a região levou recentemente, e mesmo aos trancos e barrancos, a coisa até que tá evoluindo bem.
Pior fosse se pior seria, como diz o meu Cumpádi Belarmino.
Anel viário
Que é mais do que necessário nesse relevante entroncamento logístico regional e estadual do eixo ¨Lajestre¨ não creio que ainda existam dúvidas.
A dúvida é por onde ser projetado e futuramente implantado. Vale lembrar que não é somente o trânsito da BR-386 de curto e longo curso, mas também de outras rodovias e conexões importantes, tipo RS-130, RS 453, Rota do Sol, entre outras que crescem de volume.
Anéis rodoviários ou corredores logísticos implantados em zonas urbanas consolidadas não costumam resolver ¨gargalos¨ de tráfego, pelo menos não por muito tempo.
E a nível local já está sendo implantada a ¨triplicação¨ da travessia, como previsto na concessão. O que já é um baita avanço.
Mera opinião.
Saideira
Nôno pro neto:
– Acho que a nôna virou vegana…
– Como assim?
– Só descasca abacaxis, resolve pepinos, segura batatas quentes…