Caos no trânsito exige soluções em mobilidade no São Cristóvão

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Caos no trânsito exige soluções em mobilidade no São Cristóvão

Problemas como o semáforo na Avenida Piraí, lentidão em cruzamentos e falta de vagas para estacionamento aparecem como os maiores problemas. Município elabora projeto para tentar minimizar gargalos

Caos no trânsito exige soluções em mobilidade no São Cristóvão
Piraí é uma das avenidas mais valorizadas de Lajeado. (Foto: Mateus Souza)

“É uma necessidade latente. A região cresce e se desenvolve muito. Mas isso causa impacto direto. O que existia no passado precisa ser reformulado para atender as novas necessidades”. Constatação do diretor da Kappel Imóveis, Alberto Kappel, sobre o São Cristóvão. Um entre muitos empreendedores que sentem, na pele, os efeitos do crescimento exponencial do bairro.

A pujança econômica do São Cristóvão se reflete em grandes empreendimentos que surgiram nos últimos anos. Sedes de cooperativas regionais, edifícios residenciais e comerciais, área de lazer, farmácias, restaurantes, bares e lojas puxam a lista dos investimentos no bairro. No entanto, há uma preocupação geral com a mobilidade urbana local, considerada defasada.

O trânsito aparece como um dos principais desafios, com reflexo a curto, médio e longo prazo. Os maiores gargalos estão no entorno entre as avenidas Senador Alberto Pasqualini e Piraí e a rua Coelho Neto. Mas empreendedores temem que os problemas se estendam também às demais vias e deixem a situação no bairro insustentável.

“Se hoje já temos transtornos diários, as coisas tendem a piorar no futuro. É hora de agir. E não pode existir somente uma bala de prata, ou uma ação só. É preciso pensar na reformulação das ruas de todo o entorno”, frisa Kappel, que complementa. “Muitas vezes, o ente público só age quanto o problema já existe”.

A imobiliária da qual Kappel é sócio está instalada na esquina da Piraí com a rua Visconde de Tamandaré há quase seis anos. Segundo ele, as queixas de clientes são frequentes. “Eles falam muito, principalmente da questão do estacionamento, que é um problema”.

Proprietário do Restaurante Meu Escritório – um dos primeiros estabelecimentos a se instalar na Piraí –, Paulo Scholler também menciona a falta de vagas para estacionamento como um problema e cita, ainda, a sinaleira da Piraí. “É preciso um melhor sincronismo dos semáforos”, opina.

Expansão e dificuldades

A Avenida Piraí foi aberta em 2011, quatro anos após o leilão da área. Os 12 hectares onde funcionavam as instalações da antiga Souza Cruz foram adquiridas por um empresário. Ano a ano, com o desenvolvimento daquela região, a via mudou de cara e, logo, se tornou um problema para o escoamento do trânsito local.

A via sedia, por exemplo, sedes de duas cooperativas regionais, grandes edifícios comerciais, um centro comercial e espaços gastronômicos, além de uma área de lazer. Milhares de pessoas circulam diariamente pelo trecho.

Fase de orçamentação

Segundo o secretário de Planejamento, Urbanismo e Mobilidade, Alex Schmitt, o município tem projetos para minimizar os gargalos no trânsito do São Cristóvão. A proposta está em fase de orçamentação e envolve dois pontos: a sincronização dos semáforos e também a eliminação das conversões à esquerda, criando novas rotas para motoristas.

“Precisamos fazer o trânsito fluir sem parar, desde o Posto Faleiro até a Univates. Fazer com que siga de forma sincronizada. E isso, evidentemente, passa por uma melhoria na questão do cruzamento existente na Piraí. Vamos readequar essas conversões à esquerda. Estamos conversando com entidades, com comerciantes em busca de sugestões”, comenta.

Para motoristas que seguem pela Pasqualini no sentido Centro-Univates e desejam ingressar na Piraí, Schmitt explica que eles precisarão fazer um “balão”, ingressando direto na rua Miguel Tóstes, depois na Minas Gerais e dobrar na Washington Luís, retornando à Pasqualini. “O deslocamento será mais ágil do que no formato atual”, garante.

Além disso, para melhorar a fluidez do trânsito na Pasqualini, o município pretende executar mais uma etapa de alargamento da avenida, no trecho entre as ruas Fábio Brito de Azambuja e Felipe Craide. “Essa obra está no radar, mas tende a demorar um pouco mais”, admite.

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