Uma oportunidade para um grande volume de obras com 70% de aporte da iniciativa privada e 30% para os municípios. Na segunda fase do Reconstrói RS, a prioridade da Federasul e dos Institutos Ling e Floresta é destinar para projetos do Vale do Taquari.
Em reunião na tarde de ontem, o presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Angelo Fontana, apresentou o formato do programa aos prefeitos durante reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).
O dirigente detalhou os critérios para acesso a parte dos R$ 40 milhões disponíveis. “Esta é nossa janela de oportunidade. Vamos buscar os pré-projetos das cidades e ver como podem ser incluídas no programa.”
Fontana destaca que a prioridade será dada a projetos com impacto direto na recuperação econômica das áreas afetadas pelas enchentes. A reunião com os prefeitos serviu para alinhar os prazos e exigências técnicas para apresentação das demandas.
Já nesta sexta-feira, será a vez dos municípios da região alta conhecerem os detalhes do programa em encontro com a AMAT. Imediatamente após esses encontros, começará uma série de visitas técnicas aos locais onde as obras são mais urgentes.
Fontana foi enfático ao dizer que a CIC-VT dará todo o apoio necessário às prefeituras, desde a elaboração dos projetos até a fase de execução das obras. “Queremos que todos os municípios tenham igualdade de condições para acessar esses recursos.”
O programa Reconstrói RS, fruto de parceria entre a iniciativa privada e o poder público, já permitiu a reconstrução de dez pontes estratégicas na região, com investimento total de R$ 8,7 mi.
Detalhes do modelo
A segunda fase para o Vale do Taquari segue a fórmula das pontes. “De um lado, as empresas trazem recursos e expertise técnica. Do outro, os municípios conhecem as prioridades locais e garantem a parte burocrática. O resultado são obras rápidas e eficientes”, pondera Fontana.
As dez pontes foram construídas com investimento total de R$ 8,7 milhões. Foram cinco na região alta, e outras cinco na parte baixa da região. Foram pensadas para interligar comunidades rurais, para terem acesso para transporte de insumos agrícolas e deslocamento de moradores.
Depois de catalogar as propostas regionais, está marcada para 7 de abril a primeira reunião com os conselheiros do Reconstrói RS. “Cada município tem suas prioridades, e queremos que o máximo destes R$ 40 milhões sejam destinados para onde farão mais diferença.”
A lista de projetos potenciais já inclui desde a recuperação de estradas rurais até obras de contenção de encostas e sistemas de drenagem, todas áreas críticas após as enchentes que causaram prejuízos estimados em R$ 3,6 bilhões na região, segundo a Defesa Civil.
O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (AMVAT), Moisés de Freitas, prefeito de Sério, avaliou como “extremamente positiva” a reunião que definiu os critérios para aplicação dos R$ 40 milhões. O encontro contou com representantes de 12 dos 26 municípios associados.
“Quando duas entidades como AMVAT e CIC-VT buscam o melhor para nossas cidades, o resultado só pode ser produtivo. Precisamos celebrar essa parceria”, afirma Freitas.
