E lá se vão trinta anos

Opinião

Carlos Martini

Carlos Martini

Colunista

E lá se vão trinta anos

Há não muito tempo atrás teve uma enxurrada de emancipações administrativas com base em parâmetros da época e em sua ampla maioria viabilizadas por injeção de verbas públicas estaduais e federais.

Por aqui todos vão bem, obrigado, até porque souberam fazer bom uso dos recursos adicionais recebidos. Mas quantos municípios se aguentariam nas próprias pernas sem as quotas mínimas de retorno do Fundo de Participação dos Municípios e do ICMS? Distritos e bairros então já integrados às chamadas zonas urbanas não tinham essa possibilidade, razão porque hoje em dia em muitas cidades existem bairros com populações e economias muito superiores à diversos municípios, mas que continuam ligados ao cordão umbilical da ¨sede¨.

Calculado na ponta do lápis, pelo porte e a pujança relativa, vários bairros mereceriam um status diferenciado, tipo uma sub-prefeitura, inclusive com relativa autonomia administrativa e financeira.

Cada um cada qual

Acordos trabalhistas sustentáveis, formais ou informais, costumam obedecer determinadas condições básicas de mútuo interesse entre as partes.

E isso ¨vareia¨ muito, dependendo de necessidades operacionais, compromissos pessoais, possibilidades e expectativas de remunerações, perspectivas de crescimento/fidelidade na atividade e por aí a fora.

A coisa é bem complexa, mas a escala 5×2 é cada vez mais atrativa. Quem puder é recomendável se ajustar, nem que seja ampliando um pouco o tempo de trabalho (e a produtividade) nos outros cinco dias.

Melhorar a remuneração média e os benefícios adicionais complementares, talvez subindo de 7% para 10% o ¨custo¨ com os recursos humanos pode ser um santo remédio, inclusive compensáveis com outras medidas administrativas.

É brabo gerar oportunidades de trabalho, com carteira assinada, assumir todos os encargos (e riscos), bancar a formação e o treinamento, pra ver um colaborador pedir o chapéu em poucos meses e sair em busca de uma melhor oferta da concorrência talvez até na informalidade, ou pra trabalhar como micro empreendedor individual o que até seria positivo.

Negócio complicado ajustar cada ¨macaco no seu galho¨ (no bom sentido) frente a realidades tão diferenciadas. Melhor deixar por conta da livre negociação, sempre respeitando determinados parâmetros legais e humanitários básicos.

Tem muita coisa que se aprende em livros, mas também tem muita coisa que só a vivência ensina.

Salve o buti!

Embora sempre positivas, há muitas iniciativas que pouco agregam em economias locais, apenas transferem renda de um setor para outro, feito rôsca sem fim.

Como atrair visitantes e recursos externos, manter novos investimentos a nível local, fazer o ¨dinheiro girar¨ internamente substituindo gastos e consumos feitos no ¨exterior¨ que tenham influência na balança comercial e de serviços?

É por essas e por outras que também dou as boas vindas ao retorno do Buti na Suinofest, dos coelhos na Páscoa Encantada, do Festival do Chucrute e tutti quanti.

Serviço de inutilidade pública

Troco um pingo de coerência entre uma Anistia Sempre! das antigas por uma Anistia Nunca! do presente.

Livre pensar

“Não sabe lidar com dinamite, não acende o pavio…” – (Autoria incerta)

SAIDEIRA

Nona sentadinha no banco do ônibus próximo à janela, alerta o ocupante que vai sentar no banco do corredor:
– Cuidado com os ovos!
O sujeito vê um pacotinho no canto do banco, examina e nota que são coisas duras e pontudas:
– Mas isso são ovos?
A nona:
– Non, são pregos…

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