Contato de quem sabe

Opinião

Rogério Wink

Rogério Wink

Contato de quem sabe

Em qualquer profissão, não precisamos dominar absolutamente tudo, mas ao longo da nossa trajetória profissional, aprendemos uma lição valiosa: é essencial saber “o contato de quem sabe”. Essa expressão, frequentemente compartilhada por professores durante a vida universitária, ensina algo fundamental sobre a busca por soluções e a valorização da expertise alheia. Em um mundo cada vez mais multidisciplinar e especializado, construir uma rede de contatos confiável é um diferencial estratégico.

A complexidade do conhecimento cresce exponencialmente, e cada área exige um nível de especialização que torna impossível para uma única pessoa dominar tudo. Profissionais bem-sucedidos não tentam resolver todos os desafios sozinhos, mas sabem a quem recorrer quando precisam de ajuda. Ter uma rede de contatos robusta e diversificada permite que enfrentemos problemas com mais agilidade e eficiência.

Desde a sala de aula, aprendemos que o colega ao nosso lado pode, um dia, ser a pessoa certa para resolver uma questão específica. No ambiente acadêmico, professores, colegas e profissionais convidados formam a base de um networking inicial, que pode se expandir ao longo da carreira. Muitos estudantes negligenciam essa construção, mas aqueles que entendem seu valor criam laços que podem ser extremamente úteis no futuro.

Eventos, conferências e encontros profissionais são excelentes oportunidades para ampliar essa rede. Muitas vezes, um simples contato feito durante um café ou uma troca de ideias em um workshop pode se transformar em uma parceria valiosa. O networking não se limita apenas ao ambiente corporativo; ele acontece em qualquer lugar onde há troca de conhecimentos e experiências.

No dia a dia, pequenas atitudes podem fazer a diferença na organização dessa rede de contatos. Um hábito simples e prático é registrar nos contados do celular, além do nome da pessoa, a sua área de atuação. Por exemplo, “Elói – Encanador”, “Roveda – Eletricista”, “Jairo – Advogado, “Bender – Médico” e assim por diante. Essa prática já me ajudou inúmeras vezes a encontrar rapidamente a pessoa certa para resolver um problema naquela especialidade. Se o profissional não está disponível ele indica alguém.

Não basta apenas coletar contatos; é fundamental manter relações ativas, também oferecendo ajuda sempre que possível. Pequenos gestos, como indicar um profissional competente ou compartilhar uma oportunidade e solução, fortalecem esses laços.

Um ecossistema colaborativo impulsiona a inovação e a resolução de problemas.

Construir uma rede de contatos sólida exige tempo e dedicação, mas os benefícios são inestimáveis. O conhecimento pode estar ao alcance de um telefonema ou de uma mensagem, desde que saibamos quem procurar. No fim das contas, o segredo não está em saber tudo, mas em saber “o contato de quem sabe”.

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