A história deve servir para ensinar as civilizações, porém  (in)voluímos

Opinião

Ivanor Dannebrock

Ivanor Dannebrock

Gestor Educacional e Integrante da Equipe Dale Carnegie

A história deve servir para ensinar as civilizações, porém (in)voluímos

Desde os tempos idos da história das civilizações, raramente a maior preocupação dos governos foi com o bem-estar do povo. Temos alguns exemplos bem sucedidos e muitos que foram no caminho contrário. No centro da trama a maior preocupação foi com guerras, excesso de burocracia que até hoje exaure os cidadãos com taxas e impostos. (Aliás no Brasil, por muito menos do que pagamos atualmente, surgiram revoluções). Além da burocracia, sempre estão os banqueiros e a ganância, a exemplo da Coroa Espanhola da época dos reis católicos, que por meio da ostentação foram minando aos poucos suas receitas rentosas.

Também vimos na história uma eterna perseguição aos judeus, desde os relatos bíblicos, como no governo espanhol no século XV, onde os judeus já haviam sido expulsos antes dos mouros. Depois vimos a repetição do erro na Segunda Guerra, e nos dias atuais, acompanhamos perplexos (faço referência às pessoas inteligentes e de senso crítico desenvolvido) uma retomada da persecução semita em pleno século XXI em várias partes do mundo, inclusive por parte de brasileiros. Podemos olhar por vários ângulos da tumultuada existência humana, e parece que a história nada ensinou para uma grande parcela.

Olhando para o sistema educacional em voga, realmente o que menos temos é a preocupação em ensinar aquilo que pode ser aplicado e usufruído pelo estudante para tornar-se um cidadão autônomo e inteligente. Se fossem aplicadas provas de conhecimentos gerais, incluindo conteúdos básicos de matemática, português e disciplinas da área de humanas nas escolas, na sua maioria teríamos decepções tão grandes que muitos alunos nem teriam o entendimento do que está sendo perguntado. E aos que chegam na universidade, serão instruídos por um sistema público falido, ensinando aquilo que não eleva o estudante para um patamar de excelência. Temos exceções? Graças a Deus e ao esforço de mestres, famílias, uma parcela de escolas, universidades e alunos dedicados à causa maior da evolução da humanidade, temos milhares de exceções, mas infelizmente não chega a somar a maioria. Porém uma parcela de cidadãos calcados em princípios dignos de serem apregoados.

Ainda quero sentir o prazer, assim como o pintor ao dar a última pincelada na obra, recua para apreciar o efeito do arremate final, em poder viver num país decente, aqui onde estamos.

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