O futebol amador do Vale do Taquari tem ganhado destaque nos últimos anos, em parte devido ao trabalho de Juliano Souza dos Santos, conhecido como “Feijão”. Ele atua na intermediação entre jogadores e clubes, ajudando a movimentar o cenário esportivo da região. Seu conhecimento e sua rede de contatos possibilitam que diversos atletas encontrem espaço em equipes da região e em competições de nível estadual.
Nos últimos anos, Feijão ajudou a colocar jogadores em clubes das cidades de Progresso, Boqueirão do Leão, Teutônia, Poço das Antas, Arvorezinha, Anta Gorda, Putinga, Ilópolis e Soledade. Além disso, já participou do Regional Aslivata com o Brasil de Marques de Souza nos anos de 2022 e 2023.
Contato com os clubes
Segundo Feijão, são os dirigentes dos clubes que o procuram em busca de reforços. “Eles pedem indicações e informam quais posições precisam preencher. Eu entro em contato com os atletas para verificar a disponibilidade e, depois, comunico os clubes para que o acerto seja feito diretamente com os jogadores”, explica.
Com grande experiência no esporte, Feijão também acompanha jogos para observar talentos e manter-se atualizado sobre as competições em andamento.
Relacionamento com ex-profissionais
O trabalho também envolve jogadores que já passaram pelo futebol profissional. “Nossa relação é muito próxima, pois atuamos nas principais competições amadoras do Rio Grande do Sul, como o Regional Aslivata, o Municipal de Carlos Barbosa, a Taça Serramar e a LARM, que é a principal competição amadora de Santa Catarina”, destaca Feijão.
Um legado familiar
O reconhecimento de seu trabalho, segundo Feijão, tem uma forte ligação com seu falecido pai, Luiz “Feijão”, grande apaixonado pelo esporte. “Desde pequeno, eu acompanhava o futebol amador com jogadores que marcaram época, como Silvano, Luizinho, Amarelo e Delei. Também tive a oportunidade de trabalhar com Gustavo Saraiva, referência no futsal da região”, lembra.
Sua entrada definitiva no futebol amador veio após um convite do técnico Bavaresco “Cabeça”, um dos mais renomados do segmento. Com ele, Feijão conquistou dois títulos estaduais e o Sulbrasileiro de Futebol Amador, disputado em São Paulo.
A força do futebol amador na região
O Vale do Taquari se tornou um polo do futebol amador no estado. “A organização dos clubes, os campeonatos municipais e o Regional Aslivata têm atraído atenção. O nível técnico dos atletas cresce a cada ano, e o calendário recheado de competições mantém os jogadores sempre em atividade”, avalia Feijão.
Profissional ou amador?
Sobre jogadores que poderiam atuar em divisões profissionais, como Wagner Freitas, Diogo Oliveira, Márcio Lima e Gustavo Sapeka, Feijão acredita que eles têm potencial para seguir no profissional. No entanto, fatores financeiros e pessoais influenciam na decisão de permanecer no amador.
“O futebol amador oferece um calendário movimentado, com jogos aos finais de semana, permitindo que os atletas tenham outras ocupações durante a semana. Além disso, o desgaste do profissionalismo – com treinos intensos, viagens e concentrações – pesa na decisão de muitos jogadores, que preferem ficar próximos da família”, finaliza.