Rotatividade em supermercados chega a 60%, aponta consultora

GESTÃO E PESSOAS

Rotatividade em supermercados chega a 60%, aponta consultora

Apesar dos desafios, Angelita Garcia destaca a resiliência do setor, que resistiu a diversas crises ao longo dos anos

Rotatividade em supermercados chega a 60%, aponta consultora
A solução, segundo a consultora, passa por uma gestão mais estratégica de pessoas. Muitos gestores de RH do varejo ainda focam em regras manuais de conduta, mas se isso funcionasse, ninguém sairia" (foto: Jéssica Mallmann)
Lajeado

A alta rotatividade no setor supermercadista, que chega a quase 60% ao ano, é reflexo de um descompasso entre a evolução do comportamento humano e práticas de gestão que permanecem engessadas, segundo a consultora em desenvolvimento pessoal Angelita Garcia.

“As pessoas mudaram, mas a gestão não. A gestão continua medieval, não é? Eu venho trazer a transformação digital para dar uma consciência mais clara dessa realidade aos gestores”, afirma.

Para Angelita, o varejo é um dos setores que mais promove funcionários rapidamente, mas enfrenta desafios na formação de líderes. “As pessoas veem o setor supermercadista como uma porta de entrada, não um lugar de permanência, o que é um grande equívoco dentro de um plano de carreira. No varejo, a promoção acontece muito rápido, e o nosso grande problema é promover pessoas despreparadas”, analisa.

Apesar dos desafios, ela destaca a resiliência do setor, que resistiu a diversas crises ao longo dos anos e relembra que o varejo sobreviveu ao colapso da bolsa de valores em 2008, à pandemia de Covid-19 e até mesmo às inundações no estado.

A solução, segundo a consultora, passa por uma gestão mais estratégica de pessoas. “A formação e o tempo dedicado para entender de gente nunca receberam a atenção merecida. Muitos gestores de RH do varejo ainda focam em regras manuais de conduta, mas se isso funcionasse, ninguém sairia. O desafio está em fazer com que as pessoas entendam seu papel de forma clara e se sintam convencidas a permanecer. E isso passa por humanização, que muitas vezes é confundida com assistencialismo”, conclui.

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