Qualidade da água do rio Taquari se mantém ruim

ANÁLISE DOS DADOS

Qualidade da água do rio Taquari se mantém ruim

Monitoramento apresenta ligeira melhora de 2022 a 2024, mas índice permanece na mesma faixa

Qualidade da água do rio Taquari se mantém ruim
Crédito da imagem: Luciane Eschberger Ferreira
Vale do Taquari

A qualidade da água do rio Taquari aponta para os índices ruim e péssimo, segundo o monitoramento iniciado em 2022 e repetido em 2023 e 2024. As amostras de água foram coletadas em pontos do manancial em Encantado, Arroio do Meio, Lajeado, Cruzeiro do Sul e Venâncio Aires.

Além de determinar o Índice de Qualidade de Água (IQA), as amostras foram testadas para outros parâmetros, entre eles os coliformes termotolerantes (E.Coli), maior indicativo da presença de esgoto doméstico.

Os piores resultados foram verificados no primeiro semestre de 2022, quando três dos quatro pontos analisados tinham o IQA péssimo, o pior na escala que ainda têm ruim, regular, bom e ótimo.

Na mesma amostragem, as análises indicaram elevadíssima quantidade de coliformes termotolerantes por 100 ml de água: 7.000 NPM/100ml no ponto de Lajeado, 13.000 em Cruzeiro do Sul e 35.000 em Arroio do Meio. Os três estavam acima do limite da pior classe, que é 3200.

No segundo semestre de 2022, houve uma importante melhora, mas ainda assim com indicativo de poluição doméstica. O três locais passaram o IQA de péssimo para ruim e reduziram significativamente a quantidade de E. coli, ficando na classe 1, a melhor para este parâmetro.

 

Marques de Souza

Cruzeiro do Sul

Venâncio Aires

Encantado

Arroio do Meio

Rio Forqueta

O monitoramento da qualidade da água também abrange o Rio Forqueta. Os pontos de coleta de água são em Marques de Souza, na divisa com Travesseiro, e em Arroio do Meio, sob a ponte de ferro.

Nas cinco etapas de análise, o ponto de Marques de Souza ficou na faixa ‘ruim’ de IQA. O índice mais baixo foi registrado no segundo semestre de 2022 – 28,52. Nas demais amostras, o IQA foi maior que 30, numa escala de 26 a 50.

O ponto de Arroio do Meio, na junção do rio Forqueta com o Taquari, das quatro análises, uma, no primeiro semestre de 2022, o IQA teve resultado ‘péssimo’ (23,32). Nas demais, o índice ficou na faixa ‘ruim’.

Oxigênio preserva a vida aquática

Entre os parâmetros analisados nas amostras de água de rios e arroios está o oxigênio dissolvido na água (OD). Este é um importante indicador da qualidade da água. Concentrações muito baixas comprometem a sobrevivência de peixes e outras espécies aquáticas.

No Rio Taquari, as últimas análises, de 2024, apontam para classe 1, a melhor de quatro. Já o Rio Forqueta apresentou oscilação: classe 1, em 2023; classe 2, em abril de 2024; e classe1, em dezembro de 2024.

Depois das enchentes

Nas três rodadas seguintes do monitoramento, em 2023 e 2024, quando ocorreram três grandes enchentes, os cinco pontos analisados ficaram com o Índice de Qualidade da Água na faixa ruim, que vai de 26 a 50. Entretanto, nos cinco municípios houve uma pequena evolução.

O trecho do rio Taquari em Lajeado, por exemplo, ficou com o IQA de 29,14, 31,98 e 35,7. O ponto em Venâncio Aires registrou os melhores índices: 31,43; 33,55 e 36,56. E os piores índices de 2023 e 2024 foram registrados no ponto de Cruzeiro do Sul: 29,21; 31,31 e 32,5.

No mesmo período, chama a atenção a testagem para coliformes termotolerantes (E.Coli) em dois pontos: Encantado, que estava na classe 1, com 79 NMP/100ml e ficou acima do limite da pior classe, com 3.300 NMP/100ml; e Cruzeiro do Sul, com 130 para 3.300 NMP/100ml.

 

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